Ignite by Zedd Live Performance Worlds final Opening Ceremony

Um resultado de 3-0: era esta a previsão de milhares, significando uma vitória fácil para os SKT T1, afinal de contas apenas os ROX Tigers tinham hipótese de roubar o primeiro lugar e não o conseguiram fazer. Samsung Galaxy? Zero chances de ganhar, nem um jogo, impossível.

Quantos de nós levantámo-nos a 29 de Outubro a pensar isto mesmo? Admito, fui um dos que acreditava que a final não ia oferecer muita competitividade, muitos momentos de emoção e jogadas brilhantes de ambas as equipas, como se existisse um guindaste oculto a inclinar o Summoners Rift. Felizmente enganei-me, afinal de contas todos nós temos direito a errar, basta pedir desculpa e seguir em frente, corrigir o mal que se disse. Isso deu-se no terceiro jogo, mas não saltemos capítulos.

Não irei mencionar movimentos minuciosos nem equacionar picks e bans, quero e vou-me focar no ambiente, da festa que foram os Worlds 2016 e de como elevou a fasquia oferecendo para mim o melhor palco de eSports que alguma vez vi, casa dos Lakers; sai Kobe, entra Faker. Toda a cerimónia foi marcante para quem acompanha este MOBA desde os seus primórdios, mas foi com a entrada das equipas que vimos que iríamos contar com algo especial. A Riot para além dos típicos monitores de transmissão do jogo decidiu criar um gigantesco Summoners Rift na arena, utilizando Video Mapping, realçando pontos de interesse como Red e Blue Buff, Baron, Drakes, Torres, etc. Foi um pormenor brilhante que ofereceu uma experiência sem igual, sobretudo para quem se encontrava naquela mítica arena.

lolworlds

Depois da entrada dos jogadores para uma espécie de cúpulas futuristas, eis que começa a partida, a ritmo vagaroso devo dizer. 42 minutos após a saída dos respetivos Nexus, 5-5 a nível de kills, num jogo que iria estender-se por mais 12 minutos. Um pouco anti-climático? Talvez, mas temos que ver que é normal que nenhuma das equipas pretendesse arriscar em demasia, comprometendo o primeiro lugar. Por outro lado, segundo jogo, 12-3 a favor dos SKT T1 aos 20 minutos de jogo, totalmente o oposto do que vimos no confronto anterior, rotações rápidas, jogadas em equipa por parte dos favoritos, aquilo que podemos chamar de jogo perfeito, tudo a correr às mil maravilhas, e até este ponto, tudo de acordo com os boletins de apostas. Até que se deu uma espécie de despertar por parte dos Samsuns Galaxy dando lugar a um Déja Vu das finais do ISMAI Legends deste ano.

Renascidos das cinzas como se de uma Fénix se tratassem, Ambition, Crown e os restantes jogadores decidiram mostrar que não iria ser tão fácil quanto todos previam, elevando a fasquia,  o entusiasmo, os gritos, berros e palmas de todos aqueles que se encontravam nos seus lugares em Stapples Center, não sentados, de pé. É impossível imaginar aquele ambiente. Apenas consegui obter cerca de 5% da atmosfera de Los Angels num cinema UCI onde assisti aos Worlds. Sim já sei, nada a ver, mas ver em meu redor, mais de 200 pessoas a gritar, apoiar, torcer, isto às 4 da manhã de Portugal é surpreendente. Embora o terceiro jogo tenha durado mais de 70 minutos, algo que contraria tudo o que tinha vindo a ser norma dos jogos desta Season.

Team fights, atras de team fights, muitas vezes sem a morte de nenhum jogador, com um jogo super calculado por parte dos Samsung Galaxy, algo que se repetiu no quarto jogo. Foi um bater de pé que estremeceu: imagino suores frios por parte dos SKT T1, e silenciosos gritos de ansiedade por parte de CuVee e restantes. Resultado: 2-2, como é que aqui chegámos, como é que a previsível final se transforma numa das melhores BO5 mais bem disputadas de todos os Worlds? Não sei, mas uma coisa é certa: a força dos Samsung Galaxy fez-se sentir, afinal de contas contra tudo e contra todos estavam 2-2, bastava apenas mais um jogo…

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… mas, não aconteceu. Blank ergue a taça no seu ano de estreia pelos SKT T1, com os antigos membros a festejar de forma contida a segunda conquista consecutiva. Do outro lado, lágrimas, descontentamento, frustração, na maior prize pool de sempre num evento de League of Legends, 5 milhões de dólares, é complicado mostrar um sinal de contentamento. Tão perto e tão longe.

Existe competição em League of Legends, quer em Portugal, quer nas restantes partes do mundo. Sim, foram os campeões do ano passado a vencer uma vez mais o grande troféu, mas não tiveram tarefa fácil. Volto a repetir uma vez mais que Faker continua a ser um excelente jogador, mas demonstrou dificuldades contra Crown, que mesmo estando frente a frente ao Michael Jordan do LOL, conseguiu saltar tão alto quanto o AIR Faker, mostrando que não pode ser o único a ter o mérito e fama. Prevejo uma Season 7 super competitiva, novos talentos, sangue fresco, estas são apenas previsões. Desejos? Bem, esses guardo-os para mim, mas não ficava mal ver Fnatic de volta a ribalta e as organizações da NA e EUW a chegarem cada vez mais longe. Faker é “Deus”, mas no Monte Olimpo são vários aqueles que alcançam esse título.

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Crónica do Rubber Chicken pela mão do André Henriques.
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