De saída da SAW, Ricardo “roman” Oliveira deixou a sua marca na história do CS português, encerrando um capítulo de 5 anos com a equipa.
Membro-fundador do projeto, o veterano iniciou no dia 1 de janeiro de 2020 aquela que seria uma das caminhadas mais belas na história dos Esports nacionais, lançando a SAW ao lado de arki, JUST, MUTiRiS, stadodo, Alm e Torres.
Logo no primeiro ano, o projeto começou a quebrar barreiras com subida à ESEA Premier (atual ESL Challenger League) no espaço de duas temporadas, vencendo a Open 33 e a Advanced 34 para se estrear no nível mais elevado com um pódio.
Com claros sinais de crescimento, o Top 3 na sua primeira aparição na Premier antecedeu outro grande resultado para encerrar 2020, a jornada na DreamHack Open December que culminou com presença na grande final, um Top 2 inédito.
Roménia, 2022. O primeiro de quatro RMRs com a SAW. Fotografia por: PGL/ João Ferreira
Apesar de menos conseguido face ao ano 1, 2021 viu a SAW obter a sua melhor classificação de sempre na ESEA Premier com o título de vice-campeã na temporada 36, novo marco que viria finalmente a bater na temporada #43 da liga.
O tão aguardado ouro na Challenger League chegou num 2022 que relançou os Warriors para a órbita internacional – pela primeira vez, o sonho do Major era real para uma equipa portuguesa, ficando tão perto de o lograr no RMR Europeu.
Um “defuse” de 0.02 segundos impediu a SAW de estar no Major PGL de Antuérpia, seguindo-se a renovação que juntou as então promessas ewjerkz e story à equipa de roman, o início de um novo legado a nível de conquistas no Counter-Strike.
roman, visivelmente emocionado, na tão aguardada qualificação para o Major. Fotografia: Josip Brtan
Retake, Master League Portugal, ESL Masters España, Elisa Invitational Fall – roman e a SAW continuavam a acumular triunfos a nível ibérico e internacional num final de 2022 forte, mantendo esse domínio regional ao longo do ano seguinte.
Presente na ESL Pro League pela primeira vez, 2023 ajudou a traçar o foco dos Warriors no CS além-fronteiras com muita participação em CCTs e finais alcançadas, chegando mesmo a vencer a West Europe Series #4 da temporada inaugural.
A suspirar pelo Major, roman e companhia entravam pela terceira vez num RMR e, apesar de terem falhado o acesso a Paris, novas oportunidades estavam ao virar da esquina com a transição para o CS2, o melhor ano na história da organização.
A entrada no palco da LANXESS Arena, Catedral do Counter-Strike. Fotografia por: EFG/Helena Kristiansson
Depois de tantas tentativas, 2024 foi o ano – finalmente, a SAW de roman conseguia carimbar o bilhete para um Major com a ida a Copenhaga, o primeiro marco histórico numa época que ainda reservava mais surpresas para os portugueses.
Inseridos na alta roda do Counter-Strike, os Warriors surpreenderam com a qualificação para a BLAST Premier Spring Final de $425,000 e, já depois da experiência em Londres, foram até Colónia onde voltaram a escrever uma página dourada.
Na Catedral, a equipa portuguesa foi onde nenhuma antes tinha ido e, num dos principais torneios do circuito, deixou a LANXESS Arena com o pódio e $80,000 para disparar nos rankings mundiais, ocupando a posição #9 num máximo histórico.
roman foi MVP na conquista de Katowice. Fotografia por: ESL/Adam Lakomy
Num final de altos e baixos, roman e a restante equipa riscavam um dos desejos de carreira com a conquista de uma LAN internacional, fechando o ano com a conquista da ESL Challenger Katowice antes de falhar o acesso ao Perfect World Xangai Major.
Prestes a disputar a PGL Cluj-Napoca como o seu último torneio com a SAW, roman deixa a sua marca com participação direta em vinte títulos e sete torneios de tier 1 – Major, BLAST, Mundial Thunderpick, duas EPLS, IEMs de Katowice e Cologne.
MVP da ESL Challenger Katowice, Ricardo Oliveira vai encerrar, nos próximos dias, o seu ciclo nos Warriors, garantindo que vai “estar sempre de fora a apoiar” como membro-fundador da equipa que reergueu uma comunidade e a levou ao topo do CS.
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