Bruno “Impakt” Moutinho é streamer da For The Win e faz cast de Overwatch. Com o jogo a celebrar um ano de existência, decidimos entrevistar o “Impakt” para saber o que ele pensa deste ano de Overwatch e mais algumas curiosidades.
Este mês a Blizzard celebra um ano de Overwatch! Como vês o crescimento do jogo? 
Eu sinceramente ainda nem me acredito que já passou um ano. Para mim ainda mais já que na altura ainda comecei na Closed Beta. Tem sido um ano de muito jogo e muita emoção junta.
Penso que o jogo está a crescer bem, depois de todo o marketing feito durante o lançamento. Já estamos a cima dos 30 milhões de jogadores, o que é algo fantástico para um jogo tão recente.
No entanto, a scene competitiva está algo ‘adormecida’ já que ainda pouco se sabe sobre a Overwatch League, mas penso que isso mude quando começar.
A edição de aniversário traz algumas novidades. Qual delas te deixou mais curioso? Os novos mapas? As novas skins? 
Eu não sou propriamente muito adepto de 1v1 e 3v3 em Overwatch – foco-me mais em 6v6 e Rankeds. Contudo, acho sempre imensa piada aos Easter Eggs e à forma como a Blizzard tem construído o seu mundo e lore, e os mapas estão fantásticos por esse mesmo motivo.
Pessoalmente, tenho que admitir que sou um ‘sucker’ por skins (já o era no League of Legends), portanto fico sempre atento ao lançamento de novos items cosméticos. Tenho que admitir que este patch superou as expectativas. Principalmente tendo em conta que… bom… Lendária para o Hanzo :3
Qual foi o ponto alto deste primeiro ano do jogo? 
Acho que isso vai depender de pessoa para pessoa. Para mim, pessoalmente, foi o início. A mudança de ‘main League of Legends streamer’ para ‘main Overwatch’. Foi também extremamente gratificante ter sido ‘highlighted’ no client, ou mesmo a vitória da nossa equipa (FTW eSports) na Dreamhack Valencia do ano passado.
Quanto ao jogo em si, sinceramente não sei muito bem porque com tantos eventos e com o jogo a mudar sistematicamente, é difícil de dizer. Diria que talvez o surgimento da APEX na Coreia tenha sido um dos pontos mais importantes.
Qual o teu principal desejo para este segundo ano? 
Não perder o que resta da minha sanidade mental. Tirando isso, uma remodelação do sistema de Matchmaking, Spectating e a introdução de demos/replays.
Acho que para qualquer jogo que queira ser competitivo e considerado um eSport, é essencial que hajam ferramentas para a melhoria individual e em equipa – logo replays são absolutamente essenciais (algo que ainda não existe, para além do sistema de Highlights).
Quanto a spectating, sou da opinião de que o jogo ainda não é fácil de assistir para quem não conhece, portanto espero que com a introdução da Overwatch League isso venha a mudar.
E por fim, espero que se optimize o sistema de Matchmaking, já que continuam a haver bastantes problemas de jogos completamente one-sided, o que acaba por resultar numa ladder algo mais aleatória.
Qual a tua personagem preferida do jogo e porquê? 
Acho que já é de conhecimento quase geral que é o Hanzo. Sim, sou Hanzo Main. Peço desculpa.
Penso que tenho vários motivos para gostar tanto da personagem: sempre adorei armas medievais (portanto… arco e flechas) e é um herói que se baseia bastante em prever os movimentos dos meus adversários e tendo em conta que já no League of Legends gostava bastante de Thresh, Blitzcrank e outros… Penso que acaba por ter a ver.
Como caster de Overwatch, qual é para ti a maior dificuldade quando comentas um jogo? 
Saber em quem me focar. É complicado escolher um elemento principal em torno do qual faço cast, quando todas as personagens são tão importantes para o jogo, e tendo em conta a rapidez a que o jogo se desenrola. Uma alternativa seria focar-me numa ‘Macro View’ mas penso que acaba por tirar uma certa energia ao cast e ao próprio jogo.
Como tinha dito, o jogo consegue ser bastante rápido, portanto por vezes saber quando fazer pausas ou quando alternar entre play-by-play e color cast pode também ser complicado.
O que gostavas de ver mudado, em Portugal, em relação à competição de Overwatch?  
Até agora é difícil de dizer. Acho que a Hyped tem feito um bom trabalho em termos de motivar a comunidade e trazer mais conteúdo aos fãs, mas o jogo ainda não tem fama suficiente em Portugal para ter uma scene competitiva muito sólida / estável.
Mais uma vez falando da Overwatch League, espero que com o lançamento da liga que mais jogadores se interessem por competitivo e que comecem a jogar cá por terras Lusas.
Como streamer, qual a tua maior preocupação quando estás a transmitir?  
Ora… Talvez o meu estado de espírito? Tento estar o mais bem disposto e ser o mais parvo possível, enquanto jogo também o melhor que posso (que tendo em conta o nível de interactividade que quero ter com o chat pode ser complicado), mas todos temos dias menos bons.
De qualquer forma, tento não trazer preocupações para a stream ou preocupar-me com seja o que for. Tento sempre ser o idiota do costume, tento fazer com que os meus viewers se divirtam e que voltem no dia a seguir.
Para além do Overwatch, que outros jogos “mexem” contigo?
League of Legends. Poupa-me o sal que uso para cozinhar.
Para além do óbvio, Heroes of the Storm. Tenho-me estado a envolver cada vez mais com a comunidade do jogo e tenho a dizer que é provavelmente a comunidade mais simpática e acolhedora que já encontrei desde que comecei a streamar.
Que conselho darias a quem quiser ser caster/streamer?  
Se tivesse que escolher um apenas, portanto?
Sejam profissionais. Não estou a dizer para fazerem cast ou stream de fato e gravata, mas abordem a coisa como se fosse um trabalho: estudem o meio, eduquem-se, invistam e, a cima de tudo, não desistam. Com trabalho chegamos onde quisermos.
Para quem te quiser seguir, onde podem encontrar-te?  
Olha uma pergunta mais fácil, que bom! Portanto, Twitter (http://www.twitter.com/impaktlol) , Facebook (http://www.facebook.com/impaktlol) , Instagram (http://www.instagram.com/impaktlol) , YouTube (http://www.youtube.com/impaktlol) e Twitch (http://www.twitch.tv/impaktpt) !
 
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