Fotografia por: GOATPixel/João Piecho

É o fim do VALORANT português como o conhecemos – a reformulação competitiva da Riot Games para 2025 não conta com as ligas de Portugal e Itália nas suas VCLs.

A RTP Arena esteve presente numa conferência de imprensa dedicada ao tema e teve a oportunidade de colocar várias questões a Tomek Borowka e Danil Ringland, representantes que deram explicações relativas ao futuro do VALORANT.

Acabada de anunciar, a decisão da produtora passa pelo agregar dos dois países à VCL Spain Rising já no próximo ano, marcando assim o fim de uma era com a temporada corrente do Challengers Portugal Tempest a ser a última na história da liga.

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Jogada no dia 21 de julho, a última final nacional do Tempest vale múltiplos acessos de peso. Créditos: Inygon

Com Final Four definida nesta 2ª feira, as finais deste Split 2 na competição nacional terão muito mais em jogo do que o acesso ao VCT Ascension, determinando também o representante português com entrada direta na prova operada pela LVP.

Em 2025, a VCL Spain Rising será inicialmente composta pelo Top 4 do país, campeões de Portugal e Itália, vencedor do qualificador regional (disputado em setembro/outubro) e um acesso Wildcard, convite direto que é atribuído pela Riot Games

Este último terá vários fatores em conta como a prestação em 2024 das equipas que não se conseguiram qualificar diretamente para a nova versão da liga, olhando também à sua estabilidade, o histórico no circuito, desempenho nas redes e outros parâmetros.

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Portugueses e italianos irão contar como jogadores locais nos plantéis da VCL Spain Rising. Créditos: Ramboot Club

Ainda sobre o Wildcard, Tomek referiu que estão a colaborar diretamente com a LVP mas que ainda não pode revelar detalhes desse processo, esperando poder partilhar mais novidades na próximas semanas para as equipas perceberem como se podem candidatar.

Importante frisar que os lugares de Portugal e Itália só estão garantidos no 1º ano – no futuro, e com os torneios de promoção, a representação regional na VCL Spain Rising irá evoluir com o tempo, podendo aumentar ou diminuir a presença de cada país.

Neste momento, o representante da Riot Games descartou qualquer mudança relativa à identidade da liga espanhola para a tornar mais próxima à região IBIT, fazendo uma alusão direta ao que já acontece em França como liga maior com a inclusão dos países Benelux.

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Com watchparties no horizonte, não existem ainda garantias de uma transmissão oficial portuguesa para 2025. Créditos: Inygon

Quanto às transmissões,  a espanhola será oficial e ainda não existe uma decisão tomada quanto à existência de emissões idênticas em Portugal e Itália, sendo recordado o sucesso do modelo de Watchparties com várias opções em cima da mesa para o acompanhamento.

Relativamente ao caminho para o torneio de promoção do VALORANT Challengers Spain,duas alternativas irão existir com formas de competição distintas a afunilarem para a liga, acesso que poderá ser alcançado via Premier (servidor de Madrid) e VRCs (VCEs, Tormentas p.e).

Com muitas equipas a ficarem de fora da nova VCL Spain Rising (de 24, apenas 8 irão competir), também esse foi um dos pontos abordados na conferência de imprensa, procurando-se perceber quais são as oportunidades reais de competição que estas terão ao longo do ano.

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O qualificador regional IBIT para a nova VCL conjunta arranca no dia 25 de setembro. Créditos: LVP/Hara Amorós

Tomek revelou que tencionam atribuir alguns convites diretos para a Invite Division do Premier e que, juntamente com colegas e TOs, ainda estão a trabalhar na forma que o Tier 3 irá assumir no VALORANT, apontando à criação de VRCs e torneios de off-season abertos.

Tanto no regional como no internacional, a Riot Games manifestou o desejo de ter as melhores equipas a competirem, algo que também gera mudanças a nível de VCT com o Ascension a subir o seu campeão durante um ano, estadia que pode ser prolongada via performance.

Caso se qualifiquem para o VALORANT Champions, as equipas que subiram irão manter-se mais um ano no mais alto nível do Franchise, deixando sem efeito o torneio de promoção desse ano – uma das alterações mais significativas e que está a gerar reações negativas.

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Sem vaga permanente, Portugal terá de batalhar para manter e aumentar a sua representação na nova liga. Créditos: Riot Games/Hara Amorós

Com efeito também no regional, outra das reformulações promovidas para 2025 vê o ano desdobrar-se em três etapas distintas, aproveitando o final de cada temporada para a realização de um novo torneio Challengers EMEA com o Top 2 de cada liga VCL.

Esta competição será disputada três vezes ao ano com os finalistas das VCLs presentes e irá, consoante as classificações finais, distribuir pontos às equipas participantes, ligando tudo ao VCT EMEA Ascension com as melhores equipas a serem recompensadas.

Por agora, a Riot Games ainda não abriu jogo relativamente ao formato e prizepool desta nova competição, prometendo mais informações a nível de distribuição de pontos, mecânicas e funcionamento para a reta final de 2024 com um plano já em mente.

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Um novo sistema de pontos irá conduzir as equipas até ao VCT Ascension. Créditos: Riot Games/Hara Amóros

Procurado pela RTP Arena, Ricardo Cruz, Diretor de Esports na Inygon e Gestor de Projeto da VCL Portugal e LPLOL, reagiu ao fim do Tempest e o que se segue para a organizadora no cenário português: “É com muita pena que testemunhamos o desaparecimento do Tempest, que, assim como a liga italiana, se juntará à Valorant Rising de Espanha.

Em retrospetiva, conseguimos boas performances das nossas equipas a nível internacional e tivemos a oportunidade de acompanhar o crescimento dos atletas portugueses que evoluíram no nosso ecossistema e hoje se destacam em várias ligas europeias. Atualmente, o nosso foco é terminar a Liga da melhor forma possível, proporcionando à comunidade a oportunidade de viver a competição ao lado dos nossos melhores atletas, e desfrutar de um bom espetáculo na nossa final em Guimarães.

Quanto ao futuro, continuaremos a defender os interesses da comunidade portuguesa no VALORANT e a trabalhar nas oportunidades ainda disponíveis para o nosso país, estando já a planear a próxima temporada.”

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