A RTP Arena Picks é a nova rúbrica da RTP Arena onde vamos dar a conhecer as nossas escolhas no mundo dos videojogos.

Conta com uma lista de grandes títulos quinzenal onde ficarás a conhecer um pouco mais daquilo que nos une à indústria dos videojogos. Esta não é uma lista dos melhores de cada género mas sim daqueles que nos fazem parar quando ouvimos o seu nome.

Não haverão só listas de géneros de videojogos mas também outras mais interessantes que podem apimentar as coisas como melhores jogadas de esports ou momentos mais memoráveis.

Tudo está em aberto nestas RTP Arena Picks e a única coisa que une as nossas escolhas é o amor por esta indústria. Hoje apenas os membros da RTP Arena deram as suas escolhas mas quem sabe na próxima tenhamos alguns convidados!

Para abrir as hostes começamos claro com o género First-Person Shooter mas será que há alguém ousou escolher Counter-Strike ou VALORANT para a lista de hoje?

Vê todas as nossas escolhas abaixo:


Commander Bonny – Unreal Tournament 2004

Este é daqueles jogos que toda a gente refere mas poucos o viveram, isto colocando elistimos à parte claro. Estaria a mentir se colocasse aqui o Unreal Tournament 99 porque o meu pai só me deixava jogar títulos de estratégia na altura mas o UT 2004 foi mesmo o meu primeiro grande FPS.

A loucura de andar a saltar aos tiros, algo que hoje em dia é motivo de riso no género, a adrenalina de estar numa sala fechada com um Rocket Launcher na mão contra um Flak Cannon, são coisas que nunca vou esquecer ou deixar de lado na minha experiência de videojogos. As partidas eram rápidas mas eram tão “unreal” como o título prometia, piada intencional.

Foi o primeiro jogo que me deu o gosto competitivo e nada como estar nos chats dos clãs a gritar com os colegas de equipa muito antes de haver Discord ou Skype. A dor de perder contra um clã rival era quase aquilo que se sente hoje em dia em torneios de VALORANT ou CS:GO. E claro, depois iamos todos jantar ao chimarrão uma vez de ano a ano para nos picarmos uns aos outros, uns já pais, outros com os seus pais a acompanhar.

Sem dúvida que este jogo marcou o meu gosto por ação intensa e loucura no servidor, algo que não voltei a ter até sair o Overwatch que infelizmente foi muito mal tratado por quem sabemos. Tenho a esperança que um dia volte a sentir por um FPS aquilo que sentia a jogar UT 2004, mas para já na oferta do mercado ainda não encontrei, nem no VALORANT nem no CS:GO, caso para citar Neymar Jr. “saudades daquilo que ainda não vivemos“.


Ghazz – Call of Duty 2

Call of Duty 2 marcou o início da minha paixão por FPS. Quem não se lembra dos míticos duelos de Springfield no Toujane, Tunisia, um dos mapas que ainda hoje guardo melhores recordações.

A série acabaria por atingir o pico competitivo no Call of Duty 4: Modern Warfare com o lançamento do Promod, mas Call of Duty 2 foi definitivamente o ponto de afirmação daquela que é a franquia mais conhecida do mundo dos videojogos.


Dani – TimeSplitters

Vamos falar de um FPS jogado em consola? Sim, eu sei… Mas prometo que este vale mesmo a pena.

Estamos no ano de 2000 e bem perto das férias de Natal. A Playstation2 tinha acabado de chegar e, por mais estranho que pareça, esta febre atrás da PS5 não é propriamente novidade.

Há quase 21 anos era praticamente impossível encontrar uma loja com PS2 em stock. Sim, eu sei que é a consola mais vendida de todos os tempos. Mas, quando saiu, mesmo para quem tinha os noventa contos poupados e fosse às lojas diariamente, era difícil ter sorte. Isto porque a transição do “cinema em casa” de VHS para o DVD estava na sua máxima força e calhava bem a PS2 ser uma excecional consola de jogos de nova geração, já que era também um dos leitores de DVD mais baratos (ou menos caros) do mercado na altura.

Um mês e pouco e muita frustração depois chegou a minha vez. Um tio de um amigo tinha um amigo que trabalhava numa loja e que tinha conseguido “reservar” umas unidades para nós.

Eu, que nunca fui jogador de FPS, tinha boas memórias a jogar Goldeneye na N64 de uns amigos e dizia-se que este Timesplitters era dos mesmos tipos (ou de alguns deles pelo menos). Com gráficos que à data me pareciam revolucionários, sentido de humor apurado e o primeiro criador de mapas multijogador que alguma vez tinha visto, foram horas a viajar no tempo e a disparar com e contra amigos pela noite dentro ao som do eurotrance frenético da banda sonora.

Timesplitters veio a ter uma sequela que capitalizou todo o potencial e criatividade da Free Radical e, algures na transição das mãos da Eidos para Electronic Arts, perdeu a magia à terceira instalação (Future Perfect).

Ouvem-se rumores de um regresso e fico contente com isso. Não é, com certeza absoluta, o melhor FPS de sempre. Nem perto. Mas foi o meu primeiro jogo de PS2 e, por isso, nunca vou esquecer o Timesplitters.


Sara Lima – Prey

É um jogo de ficção científica que acontece no ano de 2032 numa estação espacial. Foi lançado em 2017 e a personagem principal faz parte de uma equipa que investiga forças alienígenas com poderes especiais. O objetivo… é escapar com vida, claro. A parte mais divertida é que duas pessoas nunca irão jogar o jogo da mesma forma, já que há vários caminhos para seguir e inúmeras missões opcionais, portanto cabe a ti decidir o que queres fazer. Aliás, até o final do jogo é decidido por ti.

Joguei o Prey na Xbox Series X (sou fã assumida da xbox) e, para dizer a verdade, quis repetir a experiência e explorar todos os caminhos e todas as missões, portanto joguei o Prey duas vezes seguidas e pouco foi igual ou repetitivo nas duas tentativas, já que a possibilidade de fazer tudo diferente é enorme. Por exemplo, podes ter habilidades super-humanas, o que te permite chegar a pontos de outra forma inacessíveis do jogo, mas depois é preciso sofrer as consequências… E mais não digo para não spoilar, mas dá para apanhar uns valentes sustos.


J1mbras – Doom II

Corria o ano de 1995 quando foi lançado o jogo que viria a despoletar a minha paixão por FPS: “Doom II – Hell on Earth”.

Este foi o primeiro jogo do género que me fez ficar muitas horas colado ao monitor do PC, de luz apagada e a sentir-me completamente dentro daquele “filme” cheio de monstros e a lutar pela sobrevivência.

O gosto por este género mantém-se até hoje, e foi ampliado pela competitividade em multiplayer, modo a que aderi assim que a minha internet o permitiu.

Até hoje se mantém o meu estilo favorito de jogo, e é para lá que fujo sempre que tenho algum tempo livre!


Kazac – Battlefront II

Seja em consola (PS2) ou no computador, o valor nostálgico do Star Wars Battlefront II é bastante elevado na minha pessoa.

Recuamos a película e, estranhamente, o kazac que fez dos FPS o seu trabalho e forma de vida não era dado a este género quando teve o seu primeiro contacto com o gaming. Jogos de Desporto e RPGs eram, entre outros géneros, o entretenimento principal mas algo viria a mudar na transição entre a infância e adolescência – a introdução do SWB2 através de um amigo próximo.

Jogávamos juntos na PlayStation mas não havia como negar o “vício” que o jogo rapidamente se tornou, seja pela fluídez da jogabilidade para um jogo lançado em 2005 ou o vasto conteúdo que o mesmo oferecia. Desde os vários modos de jogos, mapas existentes baseados na saga, classes de jogo e os mecanismos presentes, o jogo inspirado nos filmes icónicos da Lucastars tornou-se num título FPS e TPS de culto para os fãs.

Ainda hoje encontro valor no jogo e dou graças por ter sido com este título que fiz a minha estreia nos FPS – uma ligação que inspirou em mim o gosto pelo género e que me levou mais tarde a explorar outros títulos. Os remakes lançados pela EA deste jogo não fazem jus ao original que ainda hoje continua relevante, havendo comunidades dedicadas a mantê-lo vivo para a posterioridade.

A diversão imensa e as centenas de horas de entretenimento que o mesmo me trouxe fazem com que ocupe um canto especial dentro das minhas memórias no gaming.


Que achaste das escolhas da nossa equipa? Algum jogo que consideres que devia estar nesta lista? Conta-nos tudo nos comentários!

Esta nova rúbrica volta em breve com mais escolhas da tua equipa da RTP Arena e quem sabe alguns convidados. Há algum género que estejas curioso de saber a nossa preferência? Deixa nos comentários e pode ser que figure o próximo RTP Arena Picks!

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