Chegou finalmente uma das mais esperadas sequelas para os fãs de estratégia por turnos. Total War: Warhammer III regressa ao mundo incrível de Warhammer para nos trazer mais histórias impressionantes de aventura, magia e heroísmo.

O Total War: Warhammer III apresenta-se muito semelhante aos seus antecessores, numa fórmula que está bem assim e mudanças radicais poderiam afetar a experiência. Continua a ser um jogo de difícil acesso, contando com um prólogo que serve, não só para explicar a história do jogo, como para explicar parte das mecânicas existentes.

A história do jogo revolve à volta de um deus capturado, Ursun, e da civilização que o segue, os novos Kislev, uma civilização nórdica que conta com uma larga ligação ao gelo e aos seus deuses. Na campanha poderemos utilizar ou Kislev ou os novos Grand Cathay, humanos com a capacidade de invocar o trovão com lordes capazes de se transformar em dragões. Para além destas classes de humanos teremos a oportunidade de jogar com vários seres dos reinos do caos (Khorne, Tzeentch, Nurgle, Slaanesh) ou habitantes do mundo de Warhammer como os Ogres.

Todas estas civilizações funcionam como habitual, com as suas personagens e terrenos únicos, lordes únicos e cada uma com as suas mecânicas de vitória. A exceção e grande novidade é a 8ª opção para desvendar a campanha, os Daemons of Chaos.

O Daemon Prince é o lorde único desta fação, contando com uma mecânica única de customização e um novo modo de jogo, mais interativo. Esta personagem é totalmente personalizável através de itens adquiridos durante o combate que alteram não só o aspeto mas também as habilidades deste lorde.

A sua fação é também uma mistura de todas as civilizações que provém dos reinos do caos, podendo adaptar cada cidade à criação e devoção de uma cidade diferente. Isto dá a capacidade de criar exércitos únicos que se tornam muito difíceis de lidar em combate.

Apesar de não apresentar as tais mudanças radicais de que falava, houve ligeiras alterações que melhoram a experiência geral do jogo. Fora do gameplay, uma das mais bem vindas mudanças é a capacidade de jogar qualquer campanha num grupo de até 8 jogadores.

O problema de dificuldade de entrada é uma constante nos jogos da série Total War, que se eleva sempre na saga Warhammer devido a todos os toques intrínsecos dos seus heróis, lordes e personagens únicas. A Creative Assembly conseguiu melhorar um pouco com dicas muito presentes e um UI mais limpo, contudo, continua a ter uma lista enorme de tarefas a desempenhar por turno que nem sempre são óbvias.

Dentro de jogo, uma das maiores novidades chega ao formato de guerra contra settlements. Agora as cidades são enormes campos de batalha, com diferenças evidentes entre si e mesmo as mais pequenas aldeias são distinguíveis entre si, deixando de ser apenas um posto de barricadas genéricas. Esta é uma mudança muito bem vinda que mostra que a Creative Assembly está atenta aos pormenores do seu jogo.

Em termos visuais o jogo está mais vivo que nunca com toques de beleza e personalidade em cada cidade, zona do mapa, ou personagem, criando uma separação clara entre cada civilização e adicionando um gosto especial de ver o mapa a mudar consoante as nossas conquistas e derrotas.

Apesar deste personalidade que o jogo tem, completamente impar no género, graficamente fica aquém. O foco neste título não são claramente os gráficos mas em Warhammer III parece que pouco mudou desde o seu antecessor que saiu em 2017, algo que até pode ser para o melhor, porque à escrita deste artigo, apesar de os gráficos não serem os melhores, o computador de teste foi levado ao limite com o jogo, algo que será corrigido juntamente com outros problemas de performance, muito em breve.

Outras promessas para o futuro próximo passam pelo habitual modo Blood for Blood que traz a opção de ativar sangue no jogo, algo que os fãs continuam sem compreender o porquê de ser uma opção que não vem com o jogo base. Para além disso chegará um mapa único, enorme, que juntará os 3 títulos da saga TW: Warhammer e permitirá o crossplay entre os títulos, numa jogada que promete revitalizar os antigos títulos da série de fantasia e estratégia.

Apesar de alguns problemas técnicos que vêm com o lançamento e à qual a Creative Assembly já nos habituou, a verdade é que o jogo cumpre e impressiona onde é devido. Total War: Warhammer III é o apogeu da saga e corrige a maior parte dos problemas dos dois jogos passados, evoluindo para uma base que terá, segundo a companhia, um suporte durador.

O novo Total War: Warhammer III está disponível desde o dia 17 de fevereiro apenas em PC, nas lojas da Steam, Epic Games e na Microsoft Store. Existem planos para lançar também para jogadores Linux e macOS, sem data ainda definida para o lançamento.

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