Imagem de stadodo: “Acredito neste projeto como acreditava no de Gentle Mates”
Fotografia por: roman/Gabriel Lemos

Top 8 na estreia oficial com a Rebels – Renato “stadodo” Gonçalves foi a cara da equipa no adeus à RADIO POPULAR ROMAN IMPERIUM CUP II.

Capitão do recém-montado projeto português, o AWPer falou à RTP Arena após o desaire sofrido às mãos de Gentle Mates, a sua anterior equipa e atual detentora do título na competição de Ricardo “roman” Oliveira.

Apesar do resultado, stadodo revela-se satisfeito e contente com aquilo que a nova Rebels já conseguiu mostrar face ao pouco tempo de treino, acreditando que este grupo necessita de paciência para alcançar outros patamares.

Com o VRS como principal objetivo, o veterano abordou a participação da sua equipa na SAW Esports Arena, o reencontro com a antiga Iberian Soul e não vê em Rebels uma última oportunidade de competir a este nível.

stadodo Rebels

Fotografia por: roman/Gabriel Lemos

Nova equipa, caras conhecidas, algumas novas também para ti como é o caso do TMKj. Quais são as primeiras sensações com o grupo?

São boas, acho que como se viu aqui neste torneio, a equipa tem potencial. Nós quando falámos de fazer a equipa procurámos ir buscar os melhores jogadores disponíveis e também que a organização achava que podiam representar bem a Rebels. Estou muito contente com todos os jogadores que estão aqui.

Saem de Gaia com o top 8, certo que não era o resultado que queriam, mas há alguns aspectos positivos para retirar daqui. Estás satisfeito com o que foi mostrado?

Nós sabíamos que ia ser difícil este torneio porque nós tivemos muito pouco tempo de treino, começámos já a meio desta temporada e também com alguns percalços que íamos começar com o JUST, depois o JUST decidiu não vir e tivemos que ir buscar o Icarus, depois mais o tempo de espera para ver se o Icarus vinha.

Tivemos aí uns percalços e começámos bastante tarde então para este torneio tivemos uma semana e meia de treino. Sinceramente, os erros que tivemos aqui neste torneio são normalíssimos e acabamos por jogar contra uma equipa, contra a Gentle Mates que é sempre muito difícil, uma equipa que está a lutar pelo Major e os sinais foram muito bons e é levarmos isso de aprendizagem, dá mais vontade de trabalhar.

Acabaste por mencionar a Gentle Mates, a tua antiga equipa, reencontro que ditou a vossa eliminação. Existia alguma animosidade à entrada para ele ou foi algo que sanaste com a equipa?

Não, a decisão que eles tomaram eu compreendo, já compreendi há algum tempo, já a sabia há algum tempo, não esperava que fosse agora, a única coisa que eu não gostei foi simplesmente… se existia essa hipótese quando nós estávamos a negociar com a Gentle Mates que eles me tivessem dito, porque, se calhar, eu tinha resolvido a minha vida mais cedo.

Isso não acontecendo, é a única coisa que lhes tenho a apontar, de resto são pessoas cinco estrelas e não tenho problema algum com eles e claro que estava um bocado, não vou dizer que não estava ansioso para o jogo, claro que estava e viu-se no inferno, não consegui entrar muito bem, mas a partir daí depois passou e agora é focar no presente que é a Rebels.

stadodo Rebels

Fotografia por: roman/Gabriel Lemos

Esta série foi mais próxima do que muitas pessoas esperavam. Que ilações é que tu retiras dela? Fica a sensação que vocês podiam ter tirado mais dos dois mapas.

Eu não sou pessoa de tirar mérito às outras equipas, mas eu acho que no jogo de hoje nós tivemos demérito em muitas rondas.

Se tivéssemos ganho um mapa não era estranho para ninguém, como foram os dois mapas jogados. Isso não aconteceu porque tivemos erros normalíssimos de uma equipa nova.

E pronto, acho que saímos daqui de cabeça erguida, claro que um Top 8 não é aquilo que nós queríamos, mas também temos que pensar que estamos a começar agora e as coisas não se começam por cima.

Logo após ficar sem equipa, surge uma oportunidade dourada na Rebels. Nesta fase da tua carreira, sentes um maior peso e responsabilidade para que isto dê certo? Encaras como uma possível última oportunidade de competir a este nível?

Não, estou tranquilo. Acho que já estive em cima, já estive em baixo. Também quando saí para a For The Win, as pessoas tinham pensado, e eu também, que se calhar é a última oportunidade.

E depois acabei por ir para a KOI. Não vejo as coisas dessa maneira. Eu acho que, ok, que tenho 28 anos, mas se as minhas performances forem boas, eu posso subir igual, posso descer outra vez.

Nunca fui pessoa de ter medo de descer uns degraus e especialmente, quero estar onde eu acredito no projeto. Acredito neste projeto como acreditava no de Gentle Mates e, realmente, onde me sinto feliz é onde eu acredito no projeto e sei que posso ter impacto.

Que expectativas tens para a Rebels a curto e médio prazo? Que objectivos é que já estão traçados?

Os nossos objetivos são claros, é entrar no ranking, tentar qualificadores abertos, porque agora o ranking é muito difícil, é sempre por invites e temos que conseguir algumas qualificações.

Sabemos que as pessoas têm que ter paciência e nós também, porque nos Gentle Mates nós também começámos e só a partir do terceiro, quarto mês é que já estávamos a ter resultados decentes, então aqui é o mesmo.

Nós queremos treinar, queremos estar todos na mesma página e a partir daí eu acho que os resultados vão aparecer naturalmente, entrar no ranking, começar a ter uns invites e ir subindo aos poucos.

O que é que segue no calendário de Rebels?

Nós agora temos bootcamp, vamos a Madrid ter bootcamp, acho que vai ser super importante para a equipa, até para limar muitas arestas, estarmos juntos é muito mais fácil para corrigir os erros e creio que o nosso próximo torneio será a Master League Portugal.

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