Foto por: Enrique Guzmán Egas na Unsplash

O novo relatório da GLAAD dá conta de um aumento de 70% nos jogadores que se identificam como pessoas LGBTI+, mas alerta para uma representação da comunidade inferior a 2% nos jogos.

A GLAAD, uma das maiores associações pela luta dos direitos LGBTI+ na media, emitiu hoje um novo relatório sobre a representatividade da comunidade nos videojogos e sobre a forma como as pessoas LGBTI+ vêem e interagem com a indústria.

Este estudo revela que quase 1 em cada 5 jogadores são LGBTI+, um aumento significativo comparado a um estudo de 2020 da Nielsen Games. Há quatro anos, o valor era de 10%, subindo uns incríveis 70% para 17% em 2024.

Outro ponto de atenção neste estudo é que 75% dos jogadores LGBTI+ dizem encontrar nos videojogos uma forma de se exprimir quando as situações sociais ou políticas não as deixam confortáveis.

17% dos jogadores são LGBTI+, mas menos de 2% dos jogos têm representação LGBTI+

Apesar dos valores crescentes de jogadores que se identificam como pessoas LGBTI+, a plataforma alerta ainda que menos de 2% das personagens presentes nos videojogos representam esta comunidade.

Este número baixo contrasta com a aceitação generalizada destas personagens nos jogos. 7 em cada 10 jogadores não-LGBTI+ revelaram que a presença destas personagens tem uma influência positiva, ou por outro lado, não faz qualquer diferença, na altura de comprar um jogo.

Por outro lado, 3 em 4 jogadores LGBTI+ garantem que ver a sua orientação sexual ou identidade de género bem representada num videojogo os faz sentir melhor.

52% destes jogadores são vítimas de ódio em jogos online

No que toca a jogar competitivamente ou em jogos online, a GLAAD revela que pouco mais de metade destes jogadores sofrem discriminação. Cerca de 42% dos jogadores LGBTI+ dizem já ter evitado jogar um jogo específico com medo de serem vítimas deste tipo de bullying.

Com recurso aos números obtidos, a GLAAD pede uma melhor representação desta comunidade nos videojogos de forma a que os 2% de representação nos jogos possam ir ao encontro dos 17% dos jogadores que visam representar.

A associação pede ainda que esta representação promova a inclusão e a aceitação, apelando também que as produtoras tomem maior responsabilidade pelas suas comunidades de forma a que estas se tornem mais inclusivas.

O estudo completo da GLAAD pode ser encontrado aqui.

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