O que se passou nesta BLAST Pro Series em Lisboa?
Podemos começar pelo facto de que foram vendidos todos os bilhetes disponíveis para o torneio, o que é uma resposta bem mais que positiva por parte da comunidade portuguesa, que aderiu em massa ao mesmo e foram sem dúvida alguma o factor chave de sucesso.
Primeiro dia jogado à porta fechada, mas no sábado o pavilhão esteve perto de ir abaixo com a emoção e resposta de quem esteve presente que foi sem dúvida o MVP e que nos encheu o coração por confirmar aquilo que sempre foi dito relativamente à nossa comunidade, temos mais do que condições e fãs capazes de proporcionar dos melhores eventos do mundo e acolher as estrelas da melhor maneira.
NIP
Vinham com intenções de tentar em Lisboa fechar 2018 com uma vitória mas foi completamente o oposto, acabaram por ser a equipa que terminou em último lugar conseguindo apenas 1 ponto, conquistado no último jogo, contra os FaZe.

No primeiro dia vão descansar após 2 jogos 2 derrotas e no 2º não foi melhor. Tiveram em Christopher “GeT_RiGhT” Alesund o seu melhor jogador, ainda tiveram alguns jogos bem conseguidos mas por vezes faltou mais competência individual em alguns dos seus jogadores, como Jonas “Lekr0” Olofsson e Fredrik “REZ” Sterner.
FaZe
Chegaram a Portugal inundados de rumores sobre o futuro da equipa, já há algum tempo que se fala de problemas internos devido às alterações no que toca a roles, inclusivamente Finn “karrigan” Andersen já está à procura de nova equipa, sendo submetido para suplente.
Começam com o pé esquerdo contra os Astralis, num Dust2 onde são completamente atropelados, e depois são surpreendidos pelos Cloud9 num jogo onde eram claros favoritos.

No 2º dia da BLAST já se apresentaram melhor mas ainda assim incapazes de tomar conta de situações mais complicadas durante os jogos, empatando 2 dos 3 jogos que realizaram e perdendo 13-16 contra Na’Vi. Nikola “NiKo” Kovač voltou a ser o melhor da equipa, mas Finn “karrigan” Andersen e Håvard “rain” Nygaard passaram um pouco ao lado.
MIBR
Claramente quem reunia mais apoio dentro da comunidade portuguesa, acabaram por fazer um torneio bastante aceitável, tendo em conta as circunstâncias, a jogar com um stand-in que não iria ter muito tempo para se adaptar à equipa e que muita coisa iria ser feita em cima do joelho.
Acabaram por entrar a perder contra os Cloud9, num jogo que se viria a tornar crucial visto que depois pontuaram em 3 dos 4 jogos seguintes. A derrota em Mirage por 14-16 ainda assim foi ultrapassada pela equipa, que continuou sempre a acreditar que podia chegar à final, bateram os NiP e Na’Vi de uma forma categórica, empatam contra FaZe e perdem contra os Astralis, ficando no total a 2 pontos de marcar presença na luta pelo troféu.

Em termos individuais, Marcelo ‘coldzera’ David não defraudou e acabou mesmo por ser o melhor jogador da equipa, Braxton “swag” Pierce que veio atuar como stand-in, não fez de todo um mau torneio mas notou-se que em várias situações estava um pouco “perdido” no que a equipa queria fazer, e era “obrigado” a tentar algumas das suas solo plays.
Cloud9
Sem dúvida a grande surpresa da BLAST Pro Series Lisboa, vista pela grande maioria como a equipa mais frágil dentro do lote das 6, acabou por surpreender tudo e todos. Acabaram o primeiro dia com 2 jogos 2 vitórias, sobre MIBR e FaZe e depois no segundo estiveram igualmente bastante bem.
Entram a perder no sábado contra os Na’Vi por 10-16, respondem de imediato com uma vitória sobre os NiP por 16-14, e depois foram a equipa que criou maior dificuldade aos Astralis em BO1, até ao momento o número máximo de rondas que tinha sofrido era 11 pelos NiP, mas os Cloud9 tiveram a uma unha de bater os dinamarqueses, acabando por perder com 14-16.

Timothy “autimatic” Ta assumiu várias vezes o “comando” da equipa tendo realizado um excelente torneio, contrastando com William “RUSH” Wierzba que esteve um pouco mais apagado.
Na’Vi
Vinham com ideia de querer juntar o troféu de Lisboa ao de Copenhaga, mas acabaram por mais uma vez terminar em 2º lugar, que tantas vezes o conseguiram em 2018.
Foram das poucas equipas que não se deixaram surpreender pelos Cloud9, tendo feito uma excelente prestação durante a primeira fase à exeção do último jogo. Sem qualquer empate até então tinham conseguido 3 vitórias em 4 jogos realizados, perdendo apenas para os Astralis, mas depois quase deitavam tudo a perder num jogo para esquecer.

No jogo antes da grande final e quando a presença na mesma ainda estava a jogo, a equipa adormeceu completamente em Mirage e sofreram uma derrota pesadíssima, 2-16 contra os MIBR ficando dependentes do resultado dos Cloud9, que também acabaram por perder pela margem mínima.
No que toca a individualidades, Aleksandr “s1mple” Kostyliev voltou a estar em foco enquanto que Danylo “Zeus” Teslenko e Ioann “Edward” Sukhariev tiveram novamente muito apagados. 
Astralis
A atual melhor equipa do mundo e na calha para ser a considerada por todos a melhor equipa de sempre existente no CS:GO, veio a Lisboa depois de ter conquistado os últimos 3 eventos offline em que participou, cheia de vontade para terminar este ano de 2018 como ficou reconhecida, como equipa vencedora.
Fazem um torneio completamente espectacular, na primeira fase em BO1’s venceram todos os jogos e tirando o último, que foi contra os Cloud9, dominaram por completo, demonstraram novamente toda a sua grande sinergia e capacidade que todos os jogadores da equipa têm em puder carregar a mesma até à vitória, dando sempre a ideia de que de momento são mesmo uma muralha quase impossível de derrubar.
blast pro series
Emil “Magisk” Reif foi o elemento em destaque desta vez, inclusivamente recebeu o prémio de MVP da BLAST Pro Series Lisboa, enquanto que o seu companheiro de equipa Andreas “Xyp9x” Højsleth, apesar de ter feito na mesma um bom torneio, esteve um pouco abaixo do que nos habituou. 
Aqui fica o video com o resumo do sábado da BLAST Pro Series:


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