Imagem de JUST encerra carreira de jogador: “Já não tenho a mesma ambição e motivação”
Fotografia por: FiReLEAGUE

Ponto final na carreira competitiva! Tiago “JUST” Moura decidiu pendurar o rato e teclado após uma década dedicada ao Counter-Strike.

Com 29 anos, o veterano português encerrou neste domingo uma jornada que o levou a vestir as camisolas de equipas como Panthers, K1CK, Alientech, OFFSET, SAW, Movistar Riders e KOI, começando a destacar-se em 2014 com a 3R2L.

Ao longo dos anos, JUST somou múltiplos títulos nacionais e estabeleceu-se como um dos melhores a atuar em Portugal desde 2017, deixando o seu nome escrito na história do CS nacional com feitos que poucos nesta comunidade alcançaram.

No início de abril de 2024, Tiago Moura tornava-se num dos primeiros jogadores portugueses a qualificar-se para um Major de Counter-Strike com a KOI, a última equipa profissional que representou antes de decidir retirar-se enquanto jogador.

Em 2025, o jogador ficou livre pouco tempo após a formação da Iberian Soul e chegou a dedicar-se às transmissões na Twitch, atuando também com The Animals. Neste verão, o jogador teve a oportunidade de regressar mas optou por seguir um caminho distinto.

A RTP Arena teve a oportunidade de falar com Tiago “JUST” Moura sobre este final de carreira, assegurando que a porta de jogador está fechada. Sobre o futuro, o veterano irá dedicar-se à sua área de formação, entendo que este estilo de vida já não é o que quer para si.

RTP: 9 anos depois de chegares à ribalta em Portugal, encerras a carreira. Com uma boa oportunidade para voltar a competir, o que motivou esta decisão?

JUST: Já vinha a pensar nisto há algum tempo e acabei por tomar a decisão, mesmo tendo a oportunidade de competir com uma equipa 100% portuguesa. Ser jogador profissional de CS é um verdadeiro estilo de vida, mas neste momento já não é o estilo de vida que quero para mim.

Já não tenho a mesma ambição e motivação que tive no passado.

RTP: Em 2024, concretizas um sonho de todos com o Major. Pouco mais de um ano após esse feito, estás de saída. Sentes que este final acaba por ser inglório ou sais na altura certa?

JUST: Sinto que saio na altura certa. Continuo a gostar muito de CS, e sei que esse gosto vai sempre ficar, mas a competição exige uma dedicação e sacrifícios enormes.

Fiz isso durante anos, mas na fase de vida em que estou agora já não faz sentido continuar por esse caminho.

RTP: Tiveste uma carreira longa, cheia de conquistas e também desilusões. Olhando para trás, deixas algum arrependimento no caminho feito?

JUST: Não, não deixo arrependimentos. Se tivesse de começar tudo de novo, voltaria a seguir os mesmos passos.

Aprendi imenso ao longo da carreira, tanto nos momentos bons como nos mais difíceis, e tudo isso fez parte do meu crescimento.

RTP: Neste ano, chegaste a dedicar-te a streams. Quais os teus objetivos futuros agora? A porta do CS fecha-se permanente para ti? Mesmo que noutras funções?

JUST: Os meus objetivos agora passam por investir na minha área de formação académica, Engenharia Informática, e lutar por tanto sucesso — ou até mais — do que aquele que alcancei no CS.

Dizer que fecho o CS permanentemente soa pesado, mas posso afirmar que, enquanto jogador de competição, essa porta está fechada.

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