O Tales of Kenzera: ZAU apresenta-se como uma alternativa criativa ao mundo dos Action Adventure Platformers.

O Surgent Studio, um novo estúdio de desenvolvimento fundado pelo voice actor Abubakar Salim (AC: Origins), prepara-se para lançar o seu primeiro título com o apoio da Electronic Arts, debaixo da asa da EA Originals. No total, o jogo contou com cerca de 30 pessoas no seu desenvolvimento.

Tales of Kenzera: ZAU será um Metroidvania, ou nas palavras dos seus criadores, um Single Player Action Adventure Platformer. Terá fortes influências nas culturas Bantu, naturais de África, e pretende celebrar a forma como estas culturas lidam com a morte e com a relação entre o mundo dos vivos e o mundo dos espíritos.

Como parte desta celebração dessas culturas africanas, o jogo será originalmente falado em Suaíli, apesar de existir uma opção de Inglês, para os jogadores que assim optarem.

Em Tales of Kenzera vamos seguir dois espectros temporais, o presente, onde Zau, a personagem principal vive na cidade de Zuberi, e o legado, que será uma terra alternativa e repleta de misticismo, onde os espíritos residem.

Abubakar Salim queria que o jogo mostrasse uma história de transformação de jovem para adulto, algo que vai ser conseguido através da idade da personagem principal, que terá a oportunidade de amadurecer ao longo do jogo.

O principal foco da história do jogo é a perda e a forma como lidamos com ela, que neste caso colocará Zau na aventura de tentar reviver o seu pai através de um acordo com o deus da morte, Kalunga. Para o conseguir, o jovem xamã oferece três grandes espíritos, que terá de convencer a submeterem-se perante este deus.

Para conseguir ultrapassar os desafios que nos serão colocados no caminho, vamos poder recorrer a um estilo de jogo rápido, animado que, segundo o seu criador, será como uma “dança“.

O habitual desafio de um jogo de plataformas, especialmente um Metroidvania, estará presente, mas Salim garante que a diversão estará mais presente que o desafio, de forma a tornar o jogo, e a história, acessível a todos.

No combate teremos acesso a duas máscaras distintas: a Mask of Moon e a Mask of Sun. Estas duas máscaras trazem poderes distintos que nos abrem as portas a explorar a forma como queremos abordar cada desafio.

Com a máscara da lua, teremos um combate à distância e acesso a Crowd Control que nos permitirá levar os desafios de uma forma mais táctica. Já com a máscara do sol, o jogo torna-se mais intenso, abrindo portas a um combate corpo a corpo.

Com as forças das duas máscaras, devemos encontrar a melhor forma de as combinar juntamente com a liberdade de movimentos que o jogo nos dá para derrotar os adversários místicos que vão surgir.

Artisticamente, tudo foi pensado para nos remeter a essas culturas africanas e para transparecer as emoções sentidas pela personagem. As cores vibrantes, a atmosfera divina e mística e a profundidade dos painéis prometem imergir-nos nesta história.

O filtro e palete de cores escolhidos para cada “missão” também não são aleatórios e prometem indicar-nos a emoção que Zau está a sentir. Na apresentação ao público do jogo, mostraram várias imagens, cada uma com uma clara cor de foco, que irão mostrar as diversas emoções: roxo e azul (espiritualidade e paz), verde e amarelo (ansiedade e responsabilidade), preto e azul escuro (medo e perda) e por fim vermelho, laranja e castanho (raiva e aceitação).

Esta arte visual alia-se a uma composição musical, da compositora Nainita Desai, fortemente influenciada pelas músicas e sons tradicionais de África.

Em resumo, jogo mostra um claro sentido de responsabilidade para com as culturas Bantu e traz uma proposta diferente para o mercado dos jogos de aventura.

Tales of Kenzera: ZAU está apontado para um lançamento no dia 23 de abril, e chegará para PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC e Nintendo Switch.

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