No passado dia 7 de Agosto, a jornalista Cecilia D’Anastasio publicou um artigo no Kotaku que explorava um dos maiores “podres” da Riot Games enquanto empresa: sexismo. A peça da repórter falava de uma “cultura de sexismo” entranhada na empresa que fazia com que as funcionárias da Riot fossem tratadas de maneira diferente – tomando-as como inferiores – quando comparado com as abordagens recebidas pelos colegas do sexo masculino.
De acordo com o artigo, 28 funcionárias da Riot, actuais e antigas, contribuíram para a construção do artigo e este não deixa quaisquer dúvidas, pela forma como está escrito de que a Riot Games opera debaixo de um telhado sexista. Uma das maiores queixas baseava-se na premissa de que as sugestões feitas por mulheres para desenvolvimento do jogo ou da empresa eram prontamente rejeitadas enquanto que a mesma ideia dada por um homem era prontamente aceite. Outra das queixas era a falta de progressão na carreira, isto é, havia funcionárias da Riot Games a ser preparadas para uma promoção a um cargo sénior ou superior e acabavam por ser ultrapassadas, sem razão aparente, por um colega homem.
To listen, we have to be quiet. You haven’t heard from us, because we’re focused on listening and supporting internally. In the weeks and months ahead, we’ll share the immediate and long-term actions we’re taking to enact real change for women at Riot.
— Riot Games (@riotgames) 11 de agosto de 2018
Actualmente, a empresa tem mais de 1000 funcionários e 28 é, certamente, um número pequeno mas o problema em questão parece ser real. Tão real que um porta-voz da Riot Games, Joe Hixson, respondeu ao artigo do Kotaku com “Este artigo ilumina-nos em áreas onde não temos vivido de acordo com aquilo que acreditamos e que não vamos tolerar na Riot. Já tomámos medidas contra muitas das coisas referidas no artigo e estamos comprometidos em investigar, abordar e resolver os casos que restem. Todos os Rioters têm que ser responsáveis por criar um ambiente onde todos têm a oportunidade de ser ouvidos, aumentar o seu papel, avançar na organização e atingir o seu potencial“.
A Riot Games, enquanto empresa, parece ter conhecido o problema tal como ele foi apresentado e corrobora, intencionalmente ou não, aquilo que foi dioto por Joe Hixson em resposta ao artigo de exposição. Num tweet do passado dia 11 de Agosto (apresentado acima), a empresa diz que tem estado atenta ao que se passa tendo já elaborado planos a curto e longo prazo para conseguir “mudanças reais para as mulheres da Riot” e explica, deste modo, o silêncio feito em relação ao tema.
Lê as últimas novidades dos esports aqui.