Uma reportagem da Bloomberg pode ter desmistificado parte da razão pela qual a FaZe Clan foi do topo ao fundo em meses.

A repórter de investigação da Bloomberg, Cecilia D’Anastasio, lançou um extenso artigo que entra nos detalhes da implosão da FaZe Clan. A jornalista falou com vários ex-colaboradores da organização norte-americana e foram apontados vários problemas na gestão da empresa.

Segundo o que Cecilia apurou, logo após a entrada da empresa na corretora NASDAQ, a organização terá organizado uma festa num estabelecimento noturno. Para atuar nesta festa contratou um dos maiores rappers da atualidade, Travis Scott, para uma atuação de uns meros 15 minutos. Ao todo, a fanfarra custou à empresa 1,7 milhões de dólares num ano em que a organização teve perdas de 53,2 milhões de dólares, que podem bem ascender aos $168,5 milhões quando somados os custos da sua listagem pública.

Antes da aventura noturna, a empresa sob a liderança do agora deposto, Lee Trink, terá ainda feito outros gastos na ordem dos milhões. Um exemplo claro dessa irresponsabilidade financeira foi o aluguer de uma mansão que pertenceu a Justin Bieber e está atualmente avaliada em 12 milhões de dólares, entre outras casas de luxo.

Trink foi também responsável pela criação dos famosos colares de diamantes da FaZe que todos os influencers e criadores de conteúdo utilizavam como forma de mostrarem a sua ligação à marca. Segundo o artigo, o ex-CEO da empresa justificou-se alegando que “Não estamos a deitar dinheiro ao lixo“, “estamos a criar uma mitologia“.

A jornalista revelou ainda o valor do acordo de Nick “Nickmercs” Kolcheff, um polémico criador de conteúdo que esteve recentemente envolvido em polémicas nas redes sociais e foi sancionado pela Activision. O influencer digital assinou um contrato de três anos com uma avença anual de 500 mil dólares.

Todas estas formas duvidosas de gestão levaram a que o conselho de administração da empresa afastasse Lee Trink no passado dia 9 de setembro. Neste momento, o COO e CFO da FaZe é o novo CEO interino até que seja encontrada uma solução para a empresa. A possível venda da marca não está fora de questão para a direção da empresa.

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