Fotografia: Josip Brtan (https://twitter.com/brcho_) | HLTV

A SAW conseguiu este sábado um feito histórico para Portugal nos Esports: Chegar ao Major – principal torneio do circuito de Counter-Strike. Pelo caminho derrubou dois históricos.

A equipa portuguesa iniciou a jornada num qualificador fechado onde os fantasmas do passado teimaram em voltar ao caminho. Entre reencontros e duelos frente a históricas, a armada lusa acabou por fazer o que ainda não tinha sido feito.

O fantasma do passado

A FNATIC foi o primeiro adversário num confronto disputado em Anubis, onde o overtime sentenciou a esperança da histórica organização. O 16:13 seria o primeiro aviso para uns FNATIC que mais tarde se voltariam a cruzar com a história dos warriors.

Diretamente dos piores pesadelos nacionais, a Virtus.pro acabou por aparecer no caminho da SAW e voltou a ser mais forte. Longe do Inferno mas numa floresta da América Central, a equipa russa levou a melhor por 13:8.

Seguiram-se Zero Tenacity e 9 Pandas, que não conseguiram derrubar a vontade portuguesa de chegar ao RMR de acesso ao primeiro Major de CS2.

Do inferno ao cumprir de um sonho

Ditou o destino que a Virtus.pro voltasse ao caminho da equipa liderada por “MUTiRiS“. A receita foi repetida em Ancient e a turma russa voltou a demonstrar-se superior com um pesado 13:6.

A região CIS continuou na rota da SAW e novo reencontro com 9 Pandas foi gélido. Depois do dominador 2-0 no qualificador fechado, a equipa portuguesa acabou cilindrada (1:13) e sem ideias num Anubis onde não voltaria a jogar nesta competição.

Os pesadelos dos BO1s ficaram para trás das costas e a 15 de fevereiro começou a escrever-se uma página importante da história da SAW.

SAW, a destruidora de legados

Pela frente e a abrir as rondas de eliminação, a equipa treinada por “NABOWOW” teve a histórica Ninjas in Pyjamas. Organização que marcou o arranque do CS:GO com cinco presenças em final de Major nas primeiras cinco edições, foi a primeira vítima do quinteto português.

Começava a escrever-se a história nacional rumo ao primeiro Major de Counter-Strike 2 com uma vitória por 2-0 frente a NIP.

Os pesadelos do passado não pesaram na decisão de SAW atacar um Inferno frente à segunda adversária desta fase, a polaca Enterprise. O 13:2 no mapa ‘italiano’ foi o lançamento para um dominador Vertigo que fechou rapidamente no 13:6 a favor dos portugueses.

Último dia. Último jogo. Todas as decisões. Outro histórico no caminho dos warriors. A FNATIC voltava a cruzar-se com o emblema nacional, desta feita no jogo de apuramento.

Sem medo, a SAW dominou o seu Vertigo com “story” e “ewjerkz” entre os maiores destaques a nível individual. A vitória pesada por 13:5 levou a equipa nacional novamente para uma situação de qualificação com dois mapas por disputar.

Não foi preciso mais do que o Overpass adversário para fechar o feito histórico e derrubar um novo legado. A perfeição defensiva (12:0) aliou-se a exibições exímias do prisma individual para acabar com o jogo no 2-0.

Ao derrubar novo histórico que marcou o arranque do CS:GO, a SAW conquistou o estatuto de primeira equipa portuguesa a chegar a um Major de Counter-Strike.

Depois de Ricardo “fox” Pacheco como jogador e Gustavo “Juve” Alexandre como treinador, os warriors levarão toda uma comitiva nacional à qual se juntará ainda a ibérica Movistar KOI, com “linko“, “stadodo” e “JUST“.

A certeza a 17 de março será apenas uma: A bandeira portuguesa estará representada com um número recorde de atletas no mais importante torneio do circuito de Counter-Strike.

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