Fotografia: Inygon

A Inygon, produtora nacional de Esports, confirmou à RTP Arena a “situação financeira delicada, sendo credora de centenas de milhares de euros” após um utilizador do Reddit ter revelado uma dívida por parte da empresa.

O utilizador LostEffect996 recorreu ao Reddit para partilhar a sua experiência profissional com a Inygon, revelando uma dívida por parte da empresa ligada à área dos Esports e Gaming.

“Trabalhei alguns meses para uma empresa de eventos em Portugal que se chama Inygon, sendo que até hoje não me paga. Já passaram meses e dão sempre a desculpa de que dependem do pagamento de outras marcas, como a Worten, para me conseguir pagar”, pode ler-se na queixa.

O autor da publicação revelou que o contrato “foi sempre verbal” mas que recebeu um “primeiro recibo anterior de um pagamento”, confirmando ainda mensagens trocadas com “um dos chefes” da Inygon.

“Atualmente, a empresa continua a gerir uma situação financeira delicada, sendo credora de centenas de milhares de euros”

A RTP Arena entrou em contacto com a produtora que “reconheceu as dificuldades enfrentadas ao longo do último ano”, sendo estas “conhecidas por grande parte da comunidade”.

Na mesma mensagem, a empresa confirmou o processo de reestruturação, “finalizado com o encerramento dos últimos Splits, para garantir que as competições continuassem a decorrer, sem comprometer o acesso das equipas portuguesas às competições internacionais”.

A situação financeira é, neste momento, bastante delicada e a Inygon reconheceu ser “credora de centenas de milhares de euros, num processo que tem sido demorado“.

Em resposta direta ao caso apresentado no Reddit, a empresa referiu estar disponível para “dialogar com qualquer pessoa que se sinta prejudicada por esta situação, com o objetivo de encontrar soluções viáveis”.

Esta foi o comunicado completo da Inygon enviado à RTP Arena:

“A Inygon reconhece as dificuldades enfrentadas ao longo do último ano, já conhecidas por grande parte da comunidade. Recentemente, a empresa passou por um processo de reestruturação, finalizado com o encerramento dos últimos Splits, para garantir que as competições continuassem a decorrer, sem comprometer o acesso das equipas portuguesas às competições internacionais.

Atualmente, a empresa continua a gerir uma situação financeira delicada, sendo credora de centenas de milhares de euros, num processo que tem sido demorado. No entanto, mantemos as principais competições ativas, porque acreditamos que desistir agora seria injusto para a comunidade e para o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 10 anos.

Temos já um plano para os próximos anos, que será partilhado brevemente com todas as equipas participantes. Nele, explicaremos a nossa visão para o futuro das competições e a forma como pretendemos resolver os problemas que ainda persistem. Este processo continuará a ser conduzido dentro da legalidade, como sempre fizemos, mas reconhecemos que levará tempo até ser completamente executado.

Estamos totalmente disponíveis para dialogar com qualquer pessoa que se sinta prejudicada por esta situação, com o objetivo de encontrar soluções viáveis dentro das nossas possibilidades.

Reconhecemos que circulam vários rumores, mas garantimos que estamos focados em cumprir com todas as nossas obrigações e responsabilidades. Continuamos a trabalhar intensamente para superar estas dificuldades e retomar as competições e as épocas desportivas regulares, tal como no passado – um passado que alguns parecem ter esquecido.

Gostaríamos também de expressar o nosso sincero agradecimento às marcas e parceiros que apoiaram e continuam a apoiar as nossas competições, como a LPLOL e o Tempest. A sua confiança e apoio foram fundamentais para o desenvolvimento das modalidades, e é importante realçar que os problemas que enfrentamos não foram causados por estas marcas. Continuamos a valorizar e a proteger as nossas relações com todos os parceiros que desejam contribuir para o crescimento do ecossistema nacional.

Compreendemos as frustrações de todos os envolvidos e reiteramos a nossa disponibilidade para o diálogo e a procura de soluções, com total transparência e responsabilidade, mas sempre dentro das limitações legais e contratuais a que estamos sujeitos.”

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