Fotografia por: Ian Hutchinson na Unsplash

A FTC voltou ao ataque à Microsoft após a empresa ter decidido afastar 1900 trabalhadores, grande parte da Activision Blizzard.

A Microsoft tomou a decisão de despedir 1900 trabalhadores da área de gaming com a maior parte dos postos de emprego extintos a saírem da Activision Blizzard King. Esta decisão chega poucos meses depois da empresa ter fechado a compra do grupo por um valor recordista de 69 mil milhões de dólares.

Quem seguiu este caso sabe que a FTC – Federal Trade Commission – esteve contra este negócio e atrasou a sua conclusão em quase dois anos. Para se defender e garantir a aprovação, a Microsoft teve de fazer várias promessas, entre elas de que a Activision Blizzard King continuaria a funcionar independentemente da nova empresa-mãe.

Afinal, parece que este não foi o caso, com a FTC a pegar num ponto específico do anúncio dos despedimentos. A gigante norte-americana refere que uma das principais razões para despedir tantos trabalhadores do grupo ABK se deve ao facto de várias equipas estarem sobrepostas com outras equipas que já estavam a trabalhar em áreas como a Xbox.

Aqui nasce uma incongruência com a promessa da Microsoft: Se as empresas funcionam separadamente, como é que as equipas se sobrepõem?

Agora resta perceber qual será o próximo passo da FTC. A reguladora norte-americana lembra ainda que estes despedimentos agora afetam a capacidade da FTC de tentar reverter o negócio já feito, caso sejam detectadas violações da Secção 7 do Clayton Act, a lei que visa controlar a criação de monopólios evitando que a concorrência seja eliminada.


[Atualização]

A Microsoft já se veio defender, revelando que a Activision Blizzard já planeava fazer estes despedimentos antes do negócio estar fechado. Garantem assim que o anúncio dos despedimentos não pode ser completamente atribuído à compra da empresa.

Lê as últimas novidades dos esports aqui.

PUB