Depois do recente anuncio sobre a saída de Filipe “Pizituh” Pires dos KPI, fomos ao seu encontro de modo a falarmos um pouco sobre a sua aventura em solo espanhol.
Boa tarde Pizituh, desde já muito obrigado por nos concederes esta entrevista. Achei interessante fazer algumas perguntas porque vamos vendo as equipas nos jogos e os resultados que vão fazendo, mas sobre a parte mais ‘pessoal’ dos jogadores não vemos muita coisa.
Foste um dos jogadores da antiga equipa dos Alientech, que se encontrava na situação do tem de haver agora a continuação e evolução como equipa/jogador. Houve essa possibilidade de ires para Espanha, mais concretamente para os KPI, inicialmente qual foi a tua reacção a isso, e quais eram as tuas expectativas?
A reacção foi boa pois sabia que era uma grande oportunidade de continuar a jogar, no caso de não ter propostas para jogar profissionalmente iria deixar de jogar para trabalhar como médico, que claro que é uma excelente opção, mas queria a minha oportunidade antes disso!
Pizituh na 4Gamers Masters Porto (foto: defs.pt)
Sentiste que encontraste um grupo realmente com uma mentalidade diferente, ou apenas uma organização que com um poder económico diferente consegue proporcionar melhores condições à equipa?
Sinceramente acho que a grande diferença está nas condições da organização. Quando tens um coach full-time, analista, manager, entre outros a suportar a tua causa – e claro – um salário que te permite focar somente no jogo, o nível vai subir naturalmente.
Houve algumas pessoas que estranharam um pouco a tua ida para os KPI e que a própria equipa não tivesse sido bem estruturada, mas a verdade é que foram das equipas que arrancou melhor nas competições. Podes contar um pouco como foi o trabalho de preparação?
O trabalho foi basicamente treino intensivo, no inicio tivemos 10 dias de bootcamp para estruturar os mapas e depois treinos 5/6 dias por semana com horários fixos, algo que em Portugal é extremamente difícil devido ao que falei anteriormente, o facto de não ser possível um foco a 100% no cs.
Na ótica da comunidade portuguesa depois acabaste por justificar a aposta feita pela equipa, tiveste excelentes momentos e grandes jogos, com algumas quebra agora na parte final. O que achas que esta experiência em Espanha te trouxe, quer como jogador quer como pessoa?
Trouxe-me bastante experiência, pois adaptei-me a uma equipa que não conhecia antes e acho que todos os dias fui evoluindo e conhecendo outras perspectivas de jogo.
Ontem os KPI oficializaram a tua saída da equipa, tendo em conta que tal já foi referido, foste um dos jogadores que procurou um projecto mais sério e profissional. Agora estando sem equipa, existe a possibilidade de te vermos a “dar um passo atrás” e a jogar novamente por uma equipa portuguesa?
Claro que posso jogar novamente em Portugal, neste momento estou aberto a tudo, depende claro está das propostas que receba!
Por último, queres deixar algumas palavras a quem te acompanhou nesta aventura e te segue diariamente?
Quero deixar uma palavra de agradecimento a quem sempre me apoiou, temos uma comunidade excelente e vejo isso todos os dias na minha stream. As palavras positivas não param de chegar e isso da-me muita força para continuar! Obrigado pela entrevista RTP Arena e Mucha, continuação do bom trabalho!
Muito obrigado pela entrevista, desejo-te toda a sorte e que rapidamente encontres uma nova equipa de modo a vermos o xôtor em acção.
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