Uma das séries de zombies mais amadas dos fãs de videojogos está de regresso com Dead Island 2.

Doze anos depois do primeiro jogo da saga Dead Island, chega finalmente uma sequela direta ao título inaugural. Publicado pela Deep Silver e com várias produtoras ao longo dos anos, a série passou por várias mudanças até chegar a esta iteração.

Na tentativa de expandir o universo Dead Island, foram lançadas algumas versões menos bem sucedidas ao longo dos anos, como um jogo em terceira pessoa e até um MOBA que fechou meses após o seu lançamento.

Em 2016 chegou um remake do primeiro título e a partir daí os olhos colocaram-se na possibilidade de um novo jogo na série principal que tinha sido pré-anunciado em 2014. Finalmente o anúncio oficial de que o Dead Island 2 iria ser lançado chegou em 2019 depois de 5 anos de rumores de que teria sido cancelado.

Dead Island 2 segue as passadas do seu antecessor, tornando a tarefa de sobreviver num autêntico parque de diversões. Sem entrar em grandes estórias motivacionais ou arcos de redenção, a campanha de DI 2 resume-se a sobreviver, matar (em estilo) e arranjar forma de fugir da cidade de Hell-A (LA).

Voltamos a ser colocados nos sapatos de uma pessoa imune ao contágio pela infeção que transforma humanos em mortos-vivos, uma forma cliché mas aceitável de justificar o porquê de não morrermos logo com a primeira mordida. Logo no início do jogo somos apresentados a novas personagens e temos um encontro de primeiro grau com um dos protagonistas do primeiro jogo.

O novo título introduz inúmeras novas mecânicas como um sistema de cartas que é uma espécie de árvore de habilidades e muitas novas armas para desenharmos o jogo ao nosso estilo. Aliados a estes novos sistemas, temos a opção de escolher entre seis sobreviventes. Todos têm as suas próprias habilidades e poderes passivos mas com recurso à skill tree, a escolha pode ser feita inteiramente pelo visual e personalidade do personagem.

O jogo não tenta apagar o seu passado e traz também de volta mecânicas como o sistema de crafting. Aqui será possível criar e editar armas de forma livre. Podemos ter katanas de fogo, martelos elétricos e toda uma panóplia de ferramentas que adicionam um sabor extra a cada momento e nos dão a liberdade de jogar à nossa maneira, um ponto muito positivo e extremamente divertido do jogo.

A carnificina continua presente em grande forma no jogo que até criou um novo sistema para desmembramento de corpos. Este é tão aterrorizante como fascinante e seja através das nossas armas de curto alcance ou armas de fogo (que o beta não me permitiu aceder), podemos desbravar terreno à nossa maneira e deixar para trás um verdadeiro rastro de destruição.

A liberdade e variedade são um tema recorrente deste título de mundo “semi-aberto” e os inimigos não são exceção. Cada zona tem infetados com visuais específicos e com uma variedade enorme entre si, ou seja, não vamos andar a matar o mesmo infetado 500 vezes a cada hora, dando uma sensação de novidade a cada esquina.

A variedade visual não será a única diferença entre os infetados já que existem várias formas diferentes dos mesmos, entre variedades Apex, ou variantes específicas que exigem armas apropriadas, há sempre um novo desafio à espreita em cada secção do jogo.

Sendo um jogo que vive entre o mundo aberto e a história linear, há muito para explorar mas cada segmento é dividido em secções específicas que obrigam a um novo loading. Não posso dizer que estes carregamentos foram fáceis de ignorar, porque por vezes quebravam o ritmo do jogo que era intenso num lugar e depois começava do zero no local seguinte.

É um sistema que de certa forma compreendo a razão de ter sido usado no jogo, o formato cooperativo. Através destas áreas completamente isoladas é possível definir as nossas aventuras e o que pretendemos explorar com os nossos amigos de antemão. Também ajuda ao sistema de níveis ao dividir de forma concreta a dificuldade que cada zona apresenta para o jogador e aquilo que podemos encontrar.

Só é pena esta divisão não ter um mapa mais informativo a acompanhar, obrigando o jogador a quase decorar o que falta ver ou qual era a dificuldade dos inimigos numa zona.

De forma conclusiva, este é um jogo que me vai levar a passar horas a jogar com amigos, talvez em boa honra de outros títulos de zombies onde fiz o mesmo. Apesar de ser um jogo incrível para cooperação, parece que a produtora se perdeu um pouco nesta mecânica e deixou o jogo individual de lado, mas esta é talvez a minha única queixa.

Diversão e matança glorificada fazem de Dead Island 2 uma sequela ao nível do que se espera para um título da saga. Não vai agradar a todos mas leva uma medalha de ouro na categoria (que já caiu de moda) de jogos de zombies.

Dead Island 2 será lançado para PlayStation 4 e 5, Xbox Series X/S e PC através da Epic Games. A data de lançamento oficial do jogo será no dia 21 de abril e este está destinado a maiores de 18 anos.

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