Cumprimos mais uma etapa em direção ao novo Campeão do mundo de CS:GO. Foi uma jornada longa e difícil, com surpresas e desilusões, com equipas a tentar até a última e com equipas a conseguir alcançar algo inesperado.
A festa de uns foi a tristeza de outros e, como em tudo, no final apenas uma permanecerá. Neste primeiro desafio de 2018 quem será o novo Campeão do Mundo de CS:GO?
Esta será a pergunta que permanecerá nas nossas cabeças até domingo, dia 28 de Janeiro de 2018, onde a RTP Arena nos levará até Boston à Agganis Arena, onde vamos poder celebrar a festa do Counter Strike. Durante os dias 26, 27 e 28 de Janeiro, vamos poder assistir aos quartos de final, meias finais e final desta competição fantástica: ELEAGUE Major 2018!
Os dados foram lançados, as equipas apuradas e eliminadas, pelo caminho nesta segunda fase ficaram:
Liquid – que até à ultima tiveram um desempenho condizente com o esperado, sempre contando com a presença de “Zews” (coach da equipa) como 5º elemento, “fizeram o que lhes foi possível” e quanto a mim o facto de terem estado nesta fase de grupos já foi algo de muito bom.
Gambit – o anterior campeão do último Major caiu na fase de grupos, perdendo assim o estatuto de “Legend” desta competição. Com prestações muito inconstantes, acabaram por não cumprir o objetivo traçado para esta competição.
Space Soldiers – a equipa turca que veio da fase de qualificação, já tinha cumprido metade do seu objectivo que seria chegar à fase de grupos deste Major. Com alguns dos seus jogadores a destacarem-se, sobretudo “Xantares”, acabariam por cair no último e decisivo jogo frente aos mousesports, num confronto digno de Major pautado pelo equilíbrio, muito coração por vezes mais que razão, o que levou as equipas a errar muito, neste caso perdeu quem errou mais: os “SS”.
Vega Squadron – mais uma equipa chegada da fase de apuramento em que tinha algumas esperanças e espectativas. Ainda assim, neste caso, o esperado aconteceu e esta equipa acabou por ficar de fora da competição com duas vitórias e três derrotas. Foi um excelente desafio para os Vega que, mais uma vez, garantem a possibilidade de jogar o qualificador fechado do próximo Major, tal como todas as equipas que viam as suas intenções travadas nesta fase da competição. Nos “Vega” gostaria de destacar os jogadores “mir” e “Jr” que tiveram prestações fantásticas ao longo do torneio.
BIG – este lineup que vinha com credibilidade e fortes possibilidades de “dar luta” a todas as equipas, na minha opinião, acaba por desiludir! Esperava mais deste quinteto alemão (ok o “Legija” é Sérvio), acabando por vencer apenas uma partida contra outra equipa que deixou os seus fãs e seguidores visivelmente desagradados com o seu desempenho, falamos claro dos NORTH.
North –  A equipa dinamarquesa que chegara a esta fase da competição como “Legend”, mas que sai triste e cabisbaixa pela sua prestação. Vimos um quinteto dinamarquês incapaz de impor o seu jogo, com os 5 elementos a um nível que, claramente, não é o destes grandes palcos! Com justiça diria que abandonam prematuramente a competição.
Astralis – Mais uma equipa “Legend” que cai nas fase de grupos! Uns dizem que por causa da doença de “Dev1ce”, outros dirão que não jogaram o suficiente. Na minha opinião tudo afetou e desestabilizou a equipa, desde que souberam desse problema de saúde ainda durante o ano passado, ainda assim resolveram arriscar e levar o jogador a este Major e com isso notou-se uma quebra de rendimento gritante, tanto por parte do próprio jogador como dos restantes companheiros de equipa.
Virtus.Pro – Esta será com toda a certeza das equipas que já vos falei, aquela que mais me vai custar falar, por ser um “fã boy” assumido desta equipa e do seu capitão Wiktor “TaZ” Wojtas. Os campeões de variadíssimas competições, que perseguem um Major incessantemente, acabaram por ficar pelo caminho com desastrosos resultados e tristes exibições, colocando 16 rondas num total de 3 mapas jogados.
Foi gritante a falta de acerto deste lineup histórico do Counter Strike Internacional! As razões aparentes deste fracasso, são difíceis de avaliar, se por um lado os VP foram uma equipa de grandes inconstâncias ao longo da suas história, também  foram de grandes surpresas e grandes feitos. Na minha opinião está na hora de abrandarem, sentarem-se e conversarem de forma séria, reverem estratégias e alinharem vontades, definirem novos objetivos e desafios, pois não é fácil manter uma equipa motivada e focada durante anos, tantos quantos estes polacos estão juntos. Para mim fica entregue o prémio de desilusão do Major.
No outro lado desta barricada encontram-se agora os 8 apurados para decidirem quem será o vencedor desta competição…
G2 Esports – Provavelmente a equipa que se mostrou mais preparada para abordar esta fase de grupos, vencendo C9, Liquid e QBF. Os G2 apuraram-se rapidamente e com aparente facilidade para a fase final da competição, tornando-se assim “Legends” e garantindo desde já a presença na próxima fase de grupos do próximo Major.
FAZE Clan – Tal como os G2, vieram da fase de qualificação alcançando o seu lugar de “Legends”. A famosa equipa “das estrelas”, os FAZE conseguiram o seu apuramento com 3 vitorias frente a FNATIC, Vega e SK, carimbando assim a passagem aos 4ºs de final da competição. Destaca-se as boas prestações de “Olof” e “Guardian”, curiosamente os dois últimos jogadores a chegarem a esta equipa.
Natus Vincere – Com um ENORME “S1mple”, um fantástico “Flamie” e um bom “electronic”, foram conseguindo com mais ou menos dificuldade ultrapassar os seus adversários. Com 3 vitórias e 1 derrota, os NA’VI conseguiram alcançar o seu primeiro objetivo que era chegar ao estatuto de “Legend” e garantir desde logo a qualificação para próxima fase de grupos do próximo Major. Foi com certeza uma equipa de menos a mais, que conseguiu crescer com o avançar da competição, adaptando-se aos seus adversários e interpretando cada jogo de forma muito personalizada de maneira a encontrar a melhor forma de ir passando cada um deles. Foi sem dúvida uma equipa que me surpreendeu e da qual ficarei a espera de grandes feitos, será que vão conseguir?
SK Gaming – Os nossos “irmãos” brasileiros de quem muitos duvidavam, até pela obrigatoriedade de jogar com “Felps”, com alguma dificuldade conseguiram o objetivo traçado para este Major de chegar aos quartos de final. Tal como “Coldzera” havia dito em entrevista, o que eles procuravam era manter o estatuto de “Legend” que foi alcançado com esta qualificação. Com o resultado de 3-1, a equipa comandada por “Fallen” continua na luta e com sérias hipóteses de se tornar de novo campeã do mundo, vencendo assim 3 Majors e igualando os FNATIC nesse feito histórico, só nos restará saber se o irão conseguir.
FNATIC – Com 3 vitórias e 2 derrotas, vi nesta equipa dos FNATIC um “KRIMZ” MONSTRUOSO, um “JW” que aparece a espaços, um “flusha” competente mas inconstante, um “Lekro” de menos a mais dentro de cada jogo e um “golden” a quem se pede que comande a equipa. Foi isso que “golden” fez, a utilizar os pauses no tempo certo, a dar calls de qualidade e isso viu-se em muitas das rotações feitas pela equipa quer nos lados “T’s” ou CT’s” de cada mapa. É uma equipa de demonstra ainda muita fragilidade, mas que como tudo terá o seu crescimento, veremos o que nos apresentam nesta fase decisiva da competição.
Cloud9 – Este é um dos casos que mereceria um estudo mais aprofundado do real valor das suas capacidades ou falta delas. Mas como não quero cansar-vos muito e o texto já vai longuíssimo… Com 3 vitórias e 2 derrotas conseguiram na última oportunidade qualificar-se para os quartos de final e, juntamente com os G2, foram as equipas em quem acreditei mais na fase de qualificação, mas depois de entrarem no quadro principal acusaram muito a pressão. Veremos como será o desempenho destes C9 a partir de agora.
Mousesports – Com um “Oskar” a mostrar como ser o destaque de uma equipa, lá chegaram a fase final. Foi uma equipa que, mesmo nas “pick’s” que íamos fazendo entre nós comentadores e analistas, me tramavam jogo após jogo. Se acreditava, eles falhavam, se desacreditava, eles acreditavam! Claro que não foi sempre assim, mas com isto quero dizer-vos que demonstraram uma grande inconstância e se nuns mapas mostravam ser capazes de responder e dar a volta, noutros apreciam perdidos e sem soluções. Vamos ver se com estes dias de pausa e sabendo desde já o seu adversário se preparam de outra forma para abordar o próximo jogo.
Quantum Bellator Fire – Não foi de todo inocente ter deixado a equipa russa para último! Se muitos (incluindo eu) desconfiavam da capacidade de resposta deste QBF para chegarem a “Legends”, eles demonstraram que quem tem de acreditar não somos nós “analistas e comentadores”, mas sim ELES jogadores e organização e foi essa lição que nos foi dada por este surpreendente lineup. Com um coletivo fortíssimo e um Nikita ‘waterfaLLZ’ Matveyev impressionante, os QBF mostraram que o sonho é possível. Se no último Major vimos consagrada a equipa dos Gambit como campeã, será que depois dessa surpresa teremos um upset ainda maior?
wesg chester moche major
@ChesterHouseParty
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