A RTP Arena Picks é a rúbrica da RTP Arena onde vamos dar a conhecer as nossas escolhas no mundo dos videojogos.

Conta com uma lista de grandes títulos quinzenal onde ficarás a conhecer um pouco mais daquilo que nos une à indústria dos videojogos. Esta não é uma lista dos melhores de cada género mas sim daqueles que nos fazem parar quando ouvimos o seu nome.

Não haverão só listas de géneros de videojogos mas também outras mais interessantes que podem apimentar as coisas como melhores jogadas de esports ou momentos mais memoráveis.

Tudo está em aberto nestas RTP Arena Picks e a única coisa que une as nossas escolhas é o amor por esta indústria. Hoje apenas os membros da RTP Arena deram as suas escolhas e o convidado do dia é o BhT-!

Hoje é dia de revelar as nossas escolhas para Estratégia, sem diferenciar RTS de TBS, consegues adivinhar o que aí vem?

Vê todas as nossas escolhas abaixo:


Commander Bonny – Rise of Nations

Sendo o meu género de jogo favorito foi complicado escolher apenas um título. Na altura de escrever, ocorreu-me Civilization V, Caesar. Medieval II: Total War, Empire Earth II, Cossacks e até alguns alguns dos que os meus colegas escolheram, estou a olhar para vocês Ghazz e BhT-.

Rise of Nations acabou por ser a minha escolha pelo impacto que teve na altura que saiu na minha vida. Andava eu a braços com o Age of Mythology e com o Warcraft III numa altura em que os jogos de estratégia misturados com fantasia estavam na voga, mas nunca foi esse o meu maior amor, eu gosto de história pura e dura.

Eis que da Microsoft chegou o Rise of Nations, que fundia o RTS do Age of Empires com um formato de conquista do mundo mais idêntico a um Civ ou até ao velhinho Risco. Esta fusão de modos em conjunto com mais conteúdo histórico, a capacidade de começar na idade antiga e levar-mos a nossa civilização até ao pico da técnologia, uma forma mais complexa de gerir recursos, tudo aliado a um grafismo mais realista que os concorrentes da altura apelavam ao meu explorador interno.

Outro ponto de foco eram as guerras que não poupavam nas unidades, cada desafio era um desastre visual que era tão lindo na sua génese como horrível de ver. E claro, com o avanço nas eras lá chegávamos ao momento em que tudo se resolvia com o lançamento de meia duzia de misseis para arruinar totalmente as defesas de uma cidade. Num outro ponto de interesse para qualquer lusitano, era possível escolher Portugal e levar o nosso país à glória mundial.

Bebendo de muitas inspirações, Rise of Nations caiu num buraco que poucos se lembram numa altura em que todas as empresas tinham o seu jogo de estratégia, contudo ficará para sempre na história como aquele que conseguiu introduzir complexidade sem descurar das mecânicas que fazem um jogo divertido. Infelizmente com uma competição tão apertada, o jogo nunca conseguiu o sucesso necessário para compensar uma sequela, tendo havido apenas uma remasterização em 2014 que pouco ou nada adicionou para além de melhores texturas.


Ghazz – Pharaoh

Quando o meu pai me ofereceu uma BGamer (lembram-se daquela revista de jogos?) que trazia o Pharaoh quase completo (a capa dizia 97% completo) como oferta, nunca eu pensava que iria gastar tantas horas naquele jogo!

Talvez gastar não seja o termo certo, até porque horas de diversão não são horas gastas, na minha opinião. Pharaoh foi o primeiro jogo de estratégia que realmente me agarrou, e até hoje o único que o conseguiu fazer daquela forma.

Pharaoh era, na sua essência, um City Builder passado no antigo Egipto, na altura dos Faraós (caso não seja óbvio pelo nome). Desde a criação da primeira pequena colónia até a gigantes cidades que podiam rapidamente ser destruídas se não prestássemos as devidas homenagens aos muitos deuses que os Egípcios tinham… o jogo era incrível.

Foi também um dos jogos que melhor me ensinou Inglês devido à complexidade de algumas mecânicas. É importante mencionar que eu tinha um papel onde apontava a forma de funcionamento dessas mesmas mecânicas! Como é que eu me ia lembrar de tudo com 5-6 anos de idade?! Impossível!

O jogo colocava uma maior enfase na construção e manutenção da cidade do que propriamente no combate contra outros povos ou civilizações (contrastando com grandes como Age of Empires), e talvez tenha sido isso mesmo que mais me agarrou. Pelo menos não estava preocupado em perder tudo se não tivesse um exército decente…

Foi um jogo que me marcou tanto que vai sair uma nova versão do jogo com melhor resolução, texturas e algumas melhorias a nivel de qualidade de vida… e estaria a mentir se dissesse que não é um dos lançamentos para o qual estou mais entusiasmado este ano!


Dani – Advance Wars

Lançado em 2001 para o velhinho Game Boy Advance (já passaram 20 anos? Damn, estou velho…), Advance Wars é, possivelmente, o meu jogo favorito dessa consola portátil (e isso é dizer muito, já que o catálogo de GBA está repleto de pérolas).

Advance Wars é o protótipo perfeito do que um jogo de estratégia portátil deve ser: partidas curtas com mecânicas simples (ainda que com várias camadas de complexidade) e muito, muito divertido.

A história é descomplicada e objetiva. Somos o exército “dos bons” e temos e derrotar as invasões “dos maus”. Há vários tipos e unidades com ataques e fragilidades diferentes. O nosso objetivo é, em cada missão, derrotar o exército adversário tomando partido das suas fragilidades e movimentando cada unidade uma vez por turno. Para apimentar a coisa cada comandante tem um ultimate bastante poderoso e capaz de tornar uma derrota iminente numa vitória.

Estas batalhas duram entre 10 e 20 minutos cada e foram durante anos a minha companhia no autocarro, nos intervalos das aulas, na sala de espera do dentista e, claro, na casa de banho.

O excecional ritmo de batalha, as cores carregadas dos cenários e as personagens que não passam sem mandar uma piada fácil (daquelas que antigamente eram fixes e hoje em dia dizem ser cringe) fazem de Advance Wars um título cheio de charme e um clássico que recordo com imenso carinho.

O sucesso ocidental deste jogo é também considerado como principal razão para a chegada a estas bandas de séries incríveis como Fire Emblem e Disgaea.

Se nunca jogaste Advance Wars nem nada parecido e ficaste com o bichinho estás com sorte: a Nintendo ouviu as preces dos fãs e vai lançar um remake do primeiro e segundo jogo da série para a Switch já em Dezembro deste ano. Se não consegues esperar até lá, Wargroove e Into the Breach são das melhores coisas que saíram nos últimos tempos dentro deste género.


BhT- – Warcraft III

Um dos melhores e mais marcantes RTS’s que joguei. Na altura uma versão mais light do caos que era starcraft com a ideia dos herois que tornava o jogo diferente de todos os outros RTS’s da altura.

Foi também o jogo que despertou o meu amor pela lore de warcraft que me levou a jogar WoW durante anos e que ainda hoje me faz acompanhar o jogo.

Com um sistema de lobbys e clans de fácil interação o que permitia criar hubs onde a malta portuguesa se encontrava e combinava uns jogos. A melhor parte do online era quando queria descomprimir e ia jogar tower defense, humans vs rabbits, dota entre muitos outros costum games existentes.

A diversidade do jogo aliado a uma campanha single player fortissima rica de uma história complexa fez-me perder horas e horas no mundo do Warcraft III.


Sara Lima – The Lord of the Rings, The Battle for Middle-earth

Para qualquer fã do Senhor dos Anéis, sobretudo eu que já revi a trilogia em filme tantas vezes que já perdi a conta, é natural que se procure a magia da terra média também em videojogo. O primeiro Senhor dos Anéis que joguei foi o Fellowship of the Ring. Isto em… 2003 ou 2004. Os gráficos… eram o que eram, mas o jogo permitia mudar de personagem, começando com o Frodo no Shire, passando pelo Aragorn, capaz de dar conta de orcs, trolls e tudo o que aparecia pela frente e, claro, o icónico Gandalf.

Seguiu-se o Battle for Middle-earth, que é dos poucos jogos de estratégia no universo do Senhor dos Anéis que consegue recriar o mundo de Tolkien, o autor dos livros da saga. O jogo saiu em 2004 e é pena que não haja um remake mais recente, já que este permitia comandar exércitos e recriar batalhas.

Resumindo, para fãs de estratégia e de Senhor dos Anéis… esta foi uma combinação perfeita!


J1mbras – Warcraft II: Tides of Darkness

É impossível pensar em jogos de estratégia sem me lembrar imediatamente de Warcraft.

Conheci a saga Warcraft quando saiu o Warcraft II: Tides of Darkness.

Apesar de ser um título antigo, não seria justo falar de algo mais atual sem mencionar o jogo que me fez gostar de estratégia.

Toda a dinâmica de crescendo do jogo em que começamos por ter de construir toda a estrutura base da nossa comunidade para nos irmos preparando para as batalhas dava um gozo incrível. Pensar o planeamento da batalha sem deixar margem para a derrota era um enorme desafio, e que me fez ficar colado a este jogo durante várias horas numa épica disputa entre Humanos e Orcs.

A Blizzard entretanto tentou fazer um remake do Warcraft 3, mas parece que as criticas não foram as melhores.
Confesso que não experimentei, prefiro ficar com a imagem que tenho do jogo original e das muitas horas de bom entretenimento que me proporcionou.

É um jogo que jogado atualmente terá um aspecto bastante antigo, mas um clássico será sempre um clássico e Warcraft marcou uma bela época.

Se ficaram curiosos, podem jogar o jogo original aqui: https://www.playdosgames.com/online/warcraft-2-tides-darkness/

Já agora, aproveito para deixar a questão no ar: Blizzard, para quando o Warcraft IV?


Kazac – Age of Mythology

Spin-off da mítica saga Age of Empires, o Age of Mythology foi lançado oficialmente em outubro de 2002 e marcou uma geração.

Desenvolvido pela Emsemble entre o AoE II e o AoE III, o popular RTS trocou as figuras históricas utilizadas nos outros jogos por um mundo de fantasia com base nas mitologias de várias regiões.

Nórdica, Grega, Egípcia, as possibilidades eram várias e, como fã do sobrenatural e das fábulas, o jogo ganhou um carinho muito especial e foi o jogo de estratégia que mais gozo me deu ao longo dos anos.

Desde a campanha bem executada aos jogos com amigos, o Age of Mythology é incrível e, anos após o seu lançamento, continua popular e relevantes nas comunidades RTS.

A expansão dos Titãs em 2003, a edição EX em 2014 e a expansão Tale of the Dragon em 2016 continuam a injetar vida num jogo que a Emsemble garante não estar esquecido.

Honestamente, uma sequela com gráficos atuais ou um remake completo do original seriam bem vindos após o lançamento já agendado do AoE IV.


Que achaste das escolhas da nossa equipa? Algum jogo que consideres que devia estar nesta lista? Conta-nos tudo nos comentários!

Esta nova rúbrica volta em breve com mais escolhas da tua equipa da RTP Arena e também alguns convidados surpresa. Há algum género que estejas curioso de saber a nossa preferência? Deixa nos comentários e pode ser que figure o próximo RTP Arena Picks!

Lê as últimas novidades dos esports aqui.

PUB