A MSI revelou um novo monitor na CES 2024 que está a levantar várias vozes da comunidade quanto à legalidade do seu uso. O League of Legends serviu de demonstração das capacidades deste ecrã que parecem batota.

Foram apresentadas muitas novidades tecnológicas durante a Consumer Electronics Show, mas poucas originaram tantas dúvidas como a nova proposta da MSI. A marca de periféricos e componentes de computador revelou o MSI MEG 321URX QD-OLED, um novo monitor gaming que traz novidades de Inteligência Artificial.

O monitor aparenta ser um ecrã de alta gama para jogos com uma resolução de 4K, painel OLED, 240Hz  e 0,03 MS de tempo de resposta, mas há mais. O monitor conta com um sistema chamado de AI Skylight que promete revolucionar o gaming, especialmente nos jogos competitivos, pelo menos até as produtoras dos jogos se pronunciarem.

Com recurso à AI Skylight, o monitor oferece a capacidade de mostrar novas informações no ecrã que não passam pelo sistema do PC. Para mostrar a capacidade deste sistema, a apresentação usou o League of Legends para os testes do público.

Ao jogar o MOBA da Riot Games, rapidamente os espectadores perceberam aquilo que tinham à sua frente. O monitor dá informação de onde estão os campeões inimigos de forma visual no ecrã de jogo.

Esta novidade parece batota, mas a marca garante que só está a apresentar informação já presente no jogo, apenas está a criar uma nova linha de comunicação com o jogador. No caso do League of Legends, o jogo só apresenta a posição dos inimigos quando estes são revelados no mapa, contudo, esta justificação não descansa os jogadores, isto porque dividir atenção entre o minimapa e o Rift faz parte da experiência de jogo e é uma das habilidades que os jogadores têm de treinar para melhorar o nível.

Com o recurso à AI Skylight, o mapa torna-se muito menos relevante no jogo e permite aos jogadores menos atentos reagirem atempadamente aos Ganks inimigos, mas as questões adensam-se novamente quanto aos seus casos de uso em jogos FPS.

Um criador de conteúdo, TechSource, questiona se por exemplo, quando os nossos colegas de equipa usam um UAV (habilidade que revela jogadores no mapa) no Call of Duty, será que vamos ver os inimigos através das paredes? O mesmo se pode colocar para o Counter-Strike, será que quando um jogador da nossa equipa tem visão de um inimigo, passaremos a vê-lo através da parede?

Para já o monitor não está disponível para o público, mas os jogadores estão em alvoroço. Há quem defenda que o monitor não está a fazer batota, porque não dá informação que não esteja já presente, e até comparam esta capacidade ao círculo sonoro do Fortnite que indica de que direção vêm os sons.

Do outro lado da barreira, há também vozes que acusam a MSI de estar conscientemente a distribuir possibilidades de batota, bem como a tornar o monitor numa espécie de periférico obrigatório pela vantagem que dá aos seus utilizadores contra outros que não o tenham.

Quanto à legalidade do uso da AI Skylight, a MSI garantiu que os jogadores não podem ser banidos por utilizarem este monitor, mas até ao momento não houve comentários de marcas como Riot Games ou Valve sobre o uso deste ecrã nos seus jogos competitivos.

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