Gonçalo Maia trouxe a público situações de incumprimento por parte do Boavista e outros jogadores uniram-se na denúncia.

Um dos jogadores que representou a divisão de esports do Boavista FC, na modalidade de FIFA, durante a temporada de 22/23, veio a público expor a situação pela qual passou. Gonçalo Maia explicou a história desde o primeiro momento em que foi abordado por Raúl “Olo” Ralha, durante o evento Thinking Football em novembro do ano passado.

Refere que nessa altura foi convidado a representar os axadrezados, com a proposta de um contrato para integrar a equipa. Explica que, já depois de começar a competir, esse contrato nunca chegou, sendo que ficou sem resposta por parte de Olo, posteriormente tendo sido ignorado cada vez que levantava essa questão dentro da equipa.

Por volta de meio da temporada, lembra que Bernardo Leite, Manager do Boavista FC, avisou os jogadores que tinham havido problemas e que poderiam “esquecer os contratos”. Apesar desta situação, equipa técnica e jogadores uniram-se para continuar a representar o clube até ao final da temporada, tanto no FPF Masters como na eLiga.

Durante a temporada, o jogador foi recebendo ajudas de custos relativos às viagens para competir sob a bandeira do Boavista FC, ajudas essas que não foram pagas na sua integridade. Quanto aos valores da eLiga e da conquista da 4ª posição no FPF Masters, o jogador não terá recebido qualquer valor e questiona “onde está o dinheiro?“.

Depois do fim do Masters, que remonta a junho deste ano, a equipa terá sido abordada novamente por Bernardo Leite, que terá explicado a divisão dos prémios. Nesta divisão, o clube iria ficar com a maior parte do valor. Gonçalo continua, explicando que não receberam o valor das viagens para competir no torneio, ajudas de custo, valores de alimentação, nem condições necessárias para treinar, apontando à divisão como injusta.

Apesar disso, Bernardo Leite terá desaparecido novamente de cena, e os valores que apresentou não foram pagos. Desde então, o Manager da equipa alegadamente não responde a quaisquer tentativas de contato por parte da equipa.

Gonçalo terá então enviado um email a explicar a situação diretamente para a direção do Boavista FC que terá respondido com a abertura de um “processo disciplinar ao Team Manager e aos atletas“. Esta resposta deixou o jogador num estado de confusão, dado que não tinha sequer recebido um contrato, ou assinado nada, e estaria a ser vítima de um processo disciplinar, questionando-se novamente sobre o paradeiro do dinheiro que tem a receber. Segundo o jogador, a FPF assegurou-lhe que o clube já teria recebido o valor.

Entretanto, outros jogadores e membros da comunidade começaram a levantar problemas também relacionados com a divisão de esports do clube axadrezado. Uma dessas vozes foi de Pedro Soutinho, jogador que também chegou a vestir a camisola do clube no início da temporada. Pedro revela que terá sido ameaçado com um processo disciplinar no início da temporada por questionar o modus operandi da estrutura e que acabou afastado do plantel sem aviso prévio.

Na sequência desta exposição pública, também o ex-membro da divisão de eFootball do clube, Miguel “yiou13” Lopes, veio a público expor a sua situação. O atleta, que já representou a Seleção Nacional deste título de futebol virtual, revela que está há 5 anos à espera do pagamento de parte dos prémios que conquistou ao serviço do Boavista FC.

Filipe “cracky” Grilo, treinador de League of Legends, aproveita também para apontar a Raúl “Olo” Ralha. O jovem, que liderou equipas portuguesas como GTZ Esports e OFFSET Esports, comenta que trabalhou com Olo há vários anos e que esperava que algumas situações já estivessem resolvidas, mas que “Aparentemente já não estão só confinadas ao LoL”.

Até ao momento, ninguém da direção do Boavista FC ou da sua estrutura de esports comentou a situação.

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