A forma como a Epic gere a loja do Fortnite tem sido alvo de vários processos ao longo dos anos que raramente terminam em vitória da empresa norte-americana.
Este novo processo, trazido até aos holofotes por parte da Polygon é apontado à forma como a empresa tenta criar a ilusão de uma falsa escassez de artigos digitais para “forçar” os jovens a gastar dinheiro na loja. A acusação, que deu entrada com a queixa num tribunal da Califórnia, apontou a algumas das práticas que levaram a esta decisão.
Em causa estão os contadores decrescentes de tempo que a empresa coloca em certos artigos na sua loja digital, normalmente para peças que estão em desconto. Estes contadores, segundo a acusação, não servem qualquer tipo de propósito para além de criar uma sensação de “medo” nas crianças de não conseguirem adquirir estes artigos digitais.
Notaram que os artigos não desapareceram, nem tiveram os seus preços aumentados depois dos tempos chegarem a zero, mostrando que o único objetivo era incentivar a compras apressadas pelos jogadores pelo medo de perderem a oportunidade.
A Epic entretanto já enviou a sua versão dos factos para a Polygon, não contradizendo a acusação, mas revelando que o caso apresenta erros graves, dado que o Countdown já foi retirado no ano passado, e medidas foram colocadas em prática para impedir compras não desejadas, permitindo cancelamentos das mesmas. Jogadores com menos de 13 anos de idade também já não conseguem fazer compras com dinheiro real até que recebam autorização dos pais.
A Polygon nota também que o caso é muito idêntico a um avançado nos Países Baixos, que terminou com derrota da Epic perante a Autoridade do Consumidor e dos Mercados do país europeu, exatamente por utilizarem estes Countdowns e por explorarem as vulnerabilidades das crianças. Um mês antes do caso ser conhecido, a Epic fez alterações à sua loja digital dentro do Fortnite para alinhar com as regras que terá violado, e ainda avançou com um recurso que ainda não obteve resposta.
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