A estabilidade da Evil Geniuses continua a ser abalada por vários despedimentos e até cancelamentos de modalidades.
Como tem sido habitual nos últimos meses, as organizações norte-americanas de esports atravessam todas uma fase complicada quanto à sua estabilidade económica. O chamado “inverno dos esports” levantou o véu sobre o frágil estado do cenário NA onde os valores dos jogadores e criadores de conteúdo estavam extremamente inflacionados, e as equipas dependiam exclusivamente dos pagamentos mensais dos seus patrocinadores. Dada a inflação que se fez sentir em todo o mundo, estes patrocinadores começaram a cortar fundos para estas equipas, e as mesmas não tinham fundo de maneio para fazer face às suas despesas astronómicas.
Uma das organizações afetadas por esta fase negativa na indústria foi a Evil Geniuses, uma das mais antigas e notórias marcas dos esports norte-americanos. As primeiras mudanças chegaram com a reestruturação do seu painel administrativo, que contou com a saída do Diretor Administrativo para os Jogadores, Diretora de Operações nos Videojogos e Diretor Estratégico para os Videojogos, à qual se juntou a saída da sua CEO, Nicole LaPointe Jameson, em setembro.
Entre os despedimentos administrativos, chegaram também as primeiras ondas de despedimentos coletivos que começaram em dezembro de 2022. No início desta semana, chegou mais uma onda que pode ter afetado cerca de 20 empregados da empresa de áreas variadas.
Desde ontem começaram também a sair informações de que a organização se iria afastar da sua equipa de Dota 2. Ao que parece, os contratos dos jogadores chegaram ao fim no final do mês de outubro, mas até ao momento a EG não fez qualquer proposta para renovar com a sua equipa, nem se pronunciou quanto ao assunto publicamente, levantando suspeitas de que este seja o fim da modalidade sob o manto azul e branco.
Também as modalidades de Counter-Strike e VALORANT foram afetadas com todas as remodelações. Em CS, a empresa acabou com a iniciativa Blueprint, onde pretendia trazer uma nova vida ao cenário norte-americano do jogo, ficando reduzida à sua equipa principal. Em VALORANT, apesar de ter sido campeã do mundo em agosto, anunciou a saída dos seus jogadores, que mantém reféns até que sejam pagas as suas cláusulas.
O futuro desta organização é agora mais misterioso do que nunca numa altura de grande contração no mercado NA de esports.
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