Com o fim anunciado da sua carreira de jogador, Francisco “emp” Vaz não poupou críticas na hora da despedida, partilhando diversas experiências e comentários sobre os últimos anos a competir.
Na sua publicação partilhada no Twitter, o agora ex-jogador abre o livro sobre os bastidores e o seu percurso. Já com 26 anos, o antigo IGL refere que o percurso para jogar ao mais alto nível no cenário ibérico não é fácil, retirando inspiração dos sAw para se superar e evoluir.
Sem arrependimentos da escolha que fez em prolongar os estudos para se dedicar aos Esports, emp considerou ser necessária uma abordagem diferente para alcançar os seus objetivos pessoais, aproximando-se dos mesmos mas com um ritmo abaixo do desejado.
Uma temporada de sonho e afirmação viu o jogador atingir a glória com a conquista da Master League Portugal VI, no entanto o “reverso da medalha” não se refletiu em apreço pelo trabalho que foi desenvolvido com os ex-Baecon.
“Posso-vos dizer que uma das melhores propostas que recebemos foi a de um budget de 1000€ mensais para 7 pessoas trabalharem a tempo inteiro, cerca de 142 euros por pessoa”, revelava o IGL que não escondeu o seu desagrado com a situação.
Antes de salientar que nunca jogou pela compensação monetária, Francisco revela que a gota de água chegou com a ausência de recompensa pelo trabalho desenvolvido numa das melhores temporadas da equipa, afirmando ser improvável que esteja nos Esports a longo prazo.
Apontando o dedo a “tachos” e à ausência de meritocracia nas escolhas das organizações, o ex-jogador dos Baecon referiu que vários dos problemas com que sofreu ao longo dos anos continuam a acontecer e a limitar o cenário nacional de Counter-Strike.
Salários e prémios de torneios por receber, dívidas acumuladas, falsas promessas a nível de condições e argumentos irracionais apresentados por organizações para se fazerem alterações em projetos foram alguns dos problemas referidos por Francisco “emp” Vaz.