O novo jogo de Hideo Kojima, Death Stranding 2: On The Beach, já está cá fora desde o mês passado, assim como a Collector’s Edition daquele que, segundo a crítica, é um dos melhores jogos do ano.
A crítica tem sido consistente no que diz respeito a Death Stranding 2: On The Beach – é um dos melhores jogos do ano. Escrito por Hideo Kojima, um dos mais influentes produtores de videojogos do mundo, os elogios à nova aventura de Sam Porter são largos e visíveis pelos quatro cantos do mundo, com o nosso João “Commander Bonny” Antunes a referir que “para fãs de narrativas fortes, Death Stranding 2 não desilude”.
Com um novo lançamento, chega também uma Edição de Colecionador a pensar nos maiores fãs de Death Stranding, com uma figura de 38 centímetros do Magellan Man, uma mais pequena do Dollman, uma caixa de colecionador, várias artes das personagens, uma carta do Hideo Kojima e, claro um código para o jogo.
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Mas quem já acabou a história do jogo sabe que o Magellan Man é uma personagem que aparece num momento pivotal da narrativa. E gostava de discutir exatamente isso – a narrativa intensa do Death Stranding 2. Mas, para quem não terminou, fica o aviso para não ler o resto do artigo.
Spoilers em baixo
As últimas 4-5 horas de Death Stranding 2 são carregadas de ação e momentos inesperados, mas respondem também a várias perguntas que vão além deste segundo jogo, fechando algumas pontas soltas do primeiro.
Uma das revelações mais fortes, na minha opinião, é a razão da explosão que dizimou uma cidade inteira, e onde apenas Sam, a personagem principal, sobreviveu. Foi nessa explosão que Sam perdeu a esposa, e este, como repatriado (alguém que não pode morrer, voltando constantemente à vida após um evento fatal), vê-se obrigado a lidar com uma vida inteira pela frente após perder a pessoa de quem mais gostava, que estava também grávida com a filha de ambos.
Durante grande parte deste segundo jogo, somos levados a crer que afinal a filha não era de Sam, mas sim de Neil Vana, uma das personagens introduzidas neste jogo e que serve como um dos antagonistas principais. No entanto, e de forma paralela ao primeiro jogo, Neil acaba por não ser ‘mau’ no verdadeiro sentido da palavra, tendo sido apenas consumido pela angústia de ter perdido a pessoa que mais amava – a esposa de Sam, com a qual teve um caso, criando uma espécie de triângulo amoroso.
Neil acabou por falecer às mãos da Bridges, a empresa que queria ficar com a filha de Sam, devido ao valor científico que a criança tinha por ser filha de um repatriado. Apesar de tentarem esconder que a filha era de Sam, os esforços não surtiram efeito, deixando Neil numa situação complicada. Acabou por morrer enquanto tentava proteger Lucy, a mãe da criança, e, por razões desconhecidas e deixadas à interpretação do jogador, entrou em estado necrótico mais cedo do que previsto. Enquanto BT, fugiu ao instinto natural destas entidades e procurou o corpo de Lucy pelo hospital, acabando por encontrar Sam ao lado da falecida esposa (de onde a bebé já tinha sido extraída com sucesso).
Tal como é explicado ao longo dos dois jogos, sempre que um BT entra em contacto com um humano, ocorre um ‘voidout’, uma explosão gigante. Aqui ficamos a saber que o ‘voidout’ que aniquilou a cidade de Sam foi originado por Neil Vana, o amante de Lucy, que acabou por ter um final de vida trágico.
Esta, para mim, foi uma das mais incríveis e inesperadas revelações de Death Stranding 2, principalmente porque não estava à espera que houvesse uma razão tão ‘próxima’ para um ‘voidout’ que sempre foi falado como um acontecimento infeliz que é relativamente comum num mundo como este.
Fica também a sugestão para quem já jogou e não se apercebeu deste detalhe – quando estiverem na vossa sala privada, a bordo do DHV Magellan, vejam o livro chamado “Moby Dick” que se encontra na mesa de cabeceira do Sam. Não têm de quê.
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