Cláudio “Cunha” Cunha é um dos novos jogadores de Vodafone Giants. Sendo o maior desafio da carreira do jogador até à data, estivemos à conversa com ele para perceber de que forma está a encarar o desafio, como têm corrido os treinos, possíveis problemas de comunicação e os futuros objetivos.

Olá Cunha. Foste finalmente anunciado nos Giants, após cerca de um mês de treinos. Como te sentes com esta oportunidade?
Cunha: Sinto-me muito confiante e motivado, foi para isto que eu lutei, para ter uma oportunidade destas e é o início de um belo futuro, espero eu. Vamos agora ver…

De que forma é que esta oportunidade surgiu? Foste chamado para tryouts, ou falaram diretamente contigo para entrares na equipa?
Cunha: Por acaso surgiu porque o MUTiRiS falou comigo para ir jogar com ele, fui convivendo mais com ele, queria ver como é que eu jogava, como é que eu reagiria em algumas situações de jogo, se “aziava”, se não, como é que eu era, esse tipo de coisas… quis-me conhecer um pouco, mas não tive try-out nenhum, ele conheceu-me, apresentou-me ao pessoal todo, fomos jogando , gostaram, entrei e começamos a treinar e pronto, aqui estamos.

Como têm corrido os treinos até agora?
Cunha: Têm corrido bem por acaso, melhor do que eu esperava sinceramente. Temos alguns resultados que eles nem festejam, mas eu por dentro estou mesmo feliz, nunca tinha conseguido fazer aquilo que faço com eles. Temos poucos dias juntos, mas os resultados que temos tido são bons.

Cunha e arki foram anunciados no lineup de Giants ~durante a passada semana.

Tendo em conta esses resultados de treinos, como está a confiança da equipa para os eventos que estão a chegar?
Cunha: A confiança está sempre em cima, nós somos assim. A confiança é algo que precisamos de ter sempre, porque se nós não acreditarmos, quem é que irá acreditar. A confiança está sempre assim em cima, sabemos que pode ser difícil contra certas equipas, mas estamos motivados e acho que vamos surpreender muitas equipas.

Como está a funcionar a comunicação com o arki? Visto q ele já jogou com portugueses antes, não deve estar a ser um problema…
Cunha: Não está a ser um grande problema, falamos “portunhol”, nós lá nos entendemos. No fim das praccs trocamos ideias para saber o que cada um quis dizer com certas frases ou nomes que damos a spots que em Espanha utilizam outros. O MUTiRiS também me ajudou, deu-me algumas dicas para ir comunicando com ele, visto que eu jogo com ele em alguns Bombsites, por isso tenho de me safar.

Tendo em conta a suspensão do arki da lvp ainda em vigor, com quem vão alinhar nos primeiros jogos da La Copa?
Cunha: O AIm vai jogar connosco enquanto o arki nao pode.

O que sentes que podes acrescentar ao atual nivel de jogo que se espera de uma equipa como a vossa?
Cunha: Na parte de olhar para o jogo de maneira diferente, é sempre mais uma cabeça a pensar, ideias novas, etc… Às vezes os jogadores não estão todos no seu melhor nível individual, todos temos dias e acho que posso acrescentar no sentido de assumir o jogo, não tenho medo nenhum de jogar contra ninguém, eu olho para toda a gente como adversários, mesmo que alguns sejam ídolos para mim. Eu quero é ganhar a todos.

Têm objetivos definidos a curto prazo, alem das duas competições da LVP?
Cunha: Não. Mais ou menos como disse no início, nós temos noção de que é um projeto “fresco” e que pode ser difícil no inicio, temos uma longa caminhada para percorrer, mas estamos confiantes e queremos ganhar o máximo de torneios possíveis. Vamos com essa mentalidade para os torneios e confiança sempre em cima!

Pretendem voltar à ESEA para lutarem para um possível lugar na MDL?
Cunha: Sim, estamos a pensar em voltar à ESEA. Possivelmente vamos jogar no qualificador para a Advanced esta semana.

A tua saída foi uma das razões do fim da equipa dos K1ck, ou já tinham decidido separar-se antes de o saberes?
Cunha: Eu já queria sair dos K1ck, o último torneio que joguei mesmo a dar tudo foi a MLP e tive uma conversa com o pessoal, disse-lhes que não estava a gostar de jogar. Não com eles, mas a equipa não tinha aquela sintonia, aquela química, não estava a ser a mesma coisa. Já andava a sentir isso há muito tempo, mas em vez de enfrentar os problemas, só adiava, adiava… até porque jogava sempre com amigos, mas tinha chegado a hora de colocar um travão naquilo, estava na altura de encontrar novos desafios, sair da minha zona de conforto porque acho que também é muito importante para um jogador crescer, por isso sim, acho que, de certa forma, a equipa acabou por eu querer sair. Não recentemente, mas numa fase anterior, da primeira vez que disse que queria sair, o pessoal começou a questionar-se e a decisão foi cada um seguir o seu caminho.

Ou seja, quando decidiste sair dos K1ck, ainda não tinhas qualquer convite dos Giants?
Cunha: Não, dos Giants não. Os eXploit, Baecon e FTW falaram comigo, mas eu queria dar um tempo maior porque ainda nem era oficial a minha saída dos K1ck, e queria ver o melhor projeto.

Queres deixar algumas palavras para os fãs portugueses que vos acompanham?
Cunha: Um obrigado a todos, que deem tempo à equipa e que confiem em nós. Nós trabalhamos todos os dias para ter os melhores resultados, não nos ataquem à mínima coisa, não podem andar logo em cima de nós. Deem tempo, as coisas acontecem e eu tenho a certeza disso. Obrigado também a ti pela entrevista!

Quero agradecer ao Cláudio pelo tempo dispensado para a entrevista e desejar-lhe a maior das sortes com o novo projeto. Acompanha o trabalho do jogador através do Twitter!

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