Com as decisões deixadas para a última jornada da Worten Game Ring Master League Portugal by ASUS, onde eXploit emergiu com sucesso, fomos ter com Bruno “BLOODZ” Mourão após a qualificação para a Final Four da competição nacional para uma conversa sobre a mesma, o jogo decisivo e o que correu mal ao longo da temporada.

Olá Bruno. Apesar das dificuldades demonstradas ao longo da temporada, conseguiram assegurar a presença na Final Four da MLP. Como foi a preparação para o jogo contra Galatics, tendo em conta as implicações do mesmo?
BLOODZ: Sim, a qualificação na Final Four da MLP chegou a complicar e mostramos algumas dificuldades, mas fomos nós que as criamos e não os nossos adversários. Abordamos alguns jogos com excesso de confiança, o que nos fez perder pontos que podiam ter complicado as contas no fim. Mas no final correu bem e a equipa aprendeu a lição, que é o mais importante. A preparação de jogo contra os Galatics passou por definir como iriamos fazer com o tempo antes do jogo. Jogamos vários jogos às 22h e treinar a tarde toda e ter pausas longas de 3 horas para depois jogar outra vez fez com que maior parte dos jogos não dessemos o nosso melhor, já tínhamos perdido pontos por cansaço e falta de concentração e não podia acontecer neste jogo porque era decisivo. Por isso falamos entre todos e decidimos começar a jogar apenas ao final da tarde e não ao início como era habitual. De resto foi basicamente o normal, passou pela análise do mapa que já sabíamos que eles iam escolher (Dust2), fizemos uma passagem simples e verificámos algumas tendências tanto a T e a CT e preparámos o jogo consoante essa informação. Só conseguimos analisar a mapa pick deles porque não havia informação deles no Vertigo, que foi a nossa. Nesse falámos entre todos, decidimos os pistols que iríamos fazer, algumas abordagens ao jogo no T e CT sides, e foi basicamente isso.

Em retrospetiva à temporada inteira, o que acham que fizeram mal ou poderiam ter melhorado logo desde o início?
BLOODZ: O que fizemos mal nos jogos foi entrar em alguns como já tivéssemos ganho, com pouca concentração, pouco disciplinados e não mudar o horário de treino antes por jogar às 22h.

eXploit qualificou-se para ambas as Final Four da MOCHE XL Games World: WESG e Master League Portugal

Vão abrir a fase final com um duelo cada vez mais comum, frente a OFFSET. Tendo em conta os últimos resultados e por ser BO1, como se sentem em relação a esse encontro?
BLOODZ: Sentimo-nos bem sendo BO1 ou BO3, é uma equipa um bocado chata de se jogar, especialmente em termos táticos – já jogamos tantas vezes contra eles que cada um já sabe o que toda a gente faz e a maneira como abordam o jogo. Além disso, estar sempre a tentar alterar e acrescentar coisas é complicado quando há tanta competição a decorrer ao mesmo tempo. Vamos certamente preparar esse jogo e os restantes da Final Four da MLP com ainda mais rigor.

Quais as vossas expectativas realistas para a Final Four?
BLOODZ: Sentimos que podemos ganhar a competição, se fosse de outra maneira mais valia ter perdido contra Galatics, porque depois de estarmos na Final Four tudo é possível. Sabemos que em termos de preparação não tivemos metade da que tanto OFFSET como Giants tiveram, porque são as duas equipas unicamente profissionais a jogar em Portugal, mas isso não faz com que nos tire a ambição que temos.

Têm conquistado rapidamente o público português com os resultados cada vez mais consistentes. Queres deixar algumas palavras a essas pessoas que vos seguem?
BLOODZ: Quero agradecer-te a ti pela entrevista e ao trabalho que a RTP Arena tem vindo a desenvolver para a comunidade de CS em Portugal, a toda a gente que nos segue e nos apoia, e especialmente a eXploit por ser a melhor organização a nível humano e profissional pela qual já passei. Obrigado e vemo-nos na MOCHE XL!

Quero agradecer ao Bruno pela disponibilidade para a entrevista, assim como desejar-lhe boa sorte para as competições que se avizinham. Podes ficar a par do jogador de eXploit através do Twitter.

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