Imagem de “Não dão importância por ser mobile” Luís Matos pede apoio para o Brawl Stars
Fotografia por: FTW Esports

Luís Matos, um dos portugueses que vão lutar pelo acesso às World Finals de Brawl Stars, falou à RTP Arena antes do LCQ decisivo.

O ex-jogador, tornado treinador, de 23 anos já está no Brasil para lutar por uma das últimas quatro vagas nas Worlds Finals de 2025 de Brawl Stars, um dos maiores esports mobile da indústria. O técnico representa a New Heights Gaming, uma organização americana que garantiu um lugar no Last Chance Qualifier através da região da China.

No evento principal já se encontra outro português, o Manager, KValafar, da SK Gaming, e no LCQ a lutar pela mesma vaga que o Luís, encontra-se Kiko, Manager da Team Elektros.

O Luís esteve à conversa connosco antes de partir para o Brasil, onde será jogada esta LAN de qualificação, e contou-nos um pouco do precurso com a sua equipa, falou sobre o cenário nacional e lançou um apelo sincero ao público português.

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Matos já tinha trabalhado com um dos seus jogadores no passado, o Lightstar, e com ele, sob o manto de TL Genesis, conseguiu um segundo lugar num torneio online chinês numa das suas primeiras aventuras “Em março ficámos a um jogo de irmos a Dallas, ao MSI. Mas ficámos em segundo. Ficámos em segundo de 4095 equipes, uma coisa assim.

E após esse torneio, desfizemos. Eu continuei a ajudar cada jogador nas suas respectivas equipes. Basicamente reparti-me em três“, referindo-se aos três que participaram sob o seu comando nesse evento: Goodnight, Killua e Lightstar. Para os mais desligados do cenário, é habitual haver treinadores para jogadores específicos na modalidade.

“reparti-me em três

Depois tomou a decisão consciente de se focar apenas em Lightsar: “foquei-me no Lightsar. E desde aí tenho estado com ele. Ficámos em segundo num torneio que qualificava para uma LAN, na China.” Aqui já competiam com um novo nome: LOR, ou League of Rules, e tinham dois novos colegas 殇栖梦 e XXP.

Conseguiram garantir um segundo lugar no Brawl Stars Championship 2025: Chinese Mainland Championship Elimination Round, que lhes valeu um lugar na LAN regional, mas nem tudo correu bem. Dois dos jogadores da equipa foram banidos, pelo que se viu obrigado a recrutar dois jogadores de uma das equipas que não se tinham qualificado, entrando aqui Fengou e Sodaa, que se mantêm até hoje.

Felizmente, para as suas ambições, “ficámos em top 2 na LAN e agora vamos ao Brasil.” agora com o apoio da organização New Heights Gaming.

No Brasil, irá jogar o Grupo A do Brawl Stars Championship 2025: Last Chance Qualifier, onde se encontram Crazy Raccon, Inner Circle Esports e Revenant XSpark. O evento decorre entre os dias 10 e 12 de outubro, ao vivo em São Paulo. Das 12 equipas em competição, apenas as 4 melhores irão avançar para as Worlds Finals.

“Sendo muito honesto, eu tive de deixar o meu trabalho.”

Quanto à preparação, Luís Matos garante: “Nós estamos a treinar todos os dias, 4 ou 5 horas por dia, o que é muito, porque… Sendo muito honesto, eu tive de deixar o meu trabalho.“, mostrando-se completamente investido neste evento e justifica: “se eu tivesse continuado a trabalhar, de repente, não estaria a falar contigo, estaria a trabalhar. Então, do meu lado, eu tomei vários riscos e várias decisões que pudessem liberar estas duas, três semanas.

“Prometi-me a mim mesmo e prometi aos meus jogadores que ia fazer todos os sacrifícios possíveis e vamos tentar o nosso melhor.”

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Apesar do sucesso internacional que tem obtido, revela que não sente o apoio do público português: “Qualquer organização de topo, por exemplo, temos a SK Gaming, a Tribe Gaming, temos a Loud, temos várias organizações grandes, a ZETA, a GEN.G, estão no Brawl Stars e investiram, mas em Portugal, não sei o que é que se passou.

Questionado sobre as razões para Portugal não investir no Brawl Stars, respondeu que “passa muito por olharem para o mundo mobile de uma maneira diferente. Porque ano passado nós também tivemos torneios, mas foi sempre online.

“É triste de se ver porque muitos de nós batalhamos para a nossa scene crescer.”

Atira o peso para o facto de ser um jogo de telemóvel: “Por ser um jogo mobile não dão muita importância. Mas em contrapartida, a nível internacional… vê-se o oposto, acho que é só mesmo aqui em Espanha temos a time Heretics que faz vários conteúdos com os jogadores Brawl Stars que faz eventos com os jogadores para as pessoas irem lá ter autógrafos e isso tudo eu acho que é só mesmo em Portugal que infelizmente caiu.

Para acompanhares a aventura do Luís e da sua New Heights Gaming, podes seguir toda a ação no canal oficial de Brawl Stars entre os dias 10 e 12 de outubro: twitch.tv/brawlstars.

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