Imagem por: EA Sports FIFA

O famoso simulador futebolístico da EA Sports está oficialmente de volta e a RTP Arena conta-te como foi a sua experiência com o arranque do FIFA 23!

Com uma enorme legião de fãs e as mesmas datas de lançamento relativamente ao seu antecessor, o jogo já iniciou ao seu tradicional percurso com a abertura de servidores para se dar o pontapé de saída entre utilizadores Ultimate e o Early Access via EA Play.

Nos últimos dias, estivemos a experimentar a versão PS5 deste título com maior dedicação e atenção prestada ao modo Ultimate Team (onde tem lugar todo o circuito competitivo) e à jogabilidade do mesmo, os principais pontos que serão abordados nesta review.

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A melhor altura do ano chegou para todos os amantes do futebol virtual. Imagem por: EA


JOGABILIDADE

 

Se a edição anterior foi a primeira completamente desenvolvida para a nova geração e assumiu um rumo bastante diferente do FIFA 21 a nível de sensações e funcionalidades, sinto que o mesmo não pode ser dito do novo jogo lançado pela Electronic Arts.

Ao invés, a produtora parece determinada em dar continuidade ao que foi feito e polir aquelas que foram as suas maiores apostas – a tecnologia HyperMotion que é composta pela captura avançada de um jogo 11vs11 e o seu algoritmo de inteligência artificial.

Como resultado, o seu título continua a aproximar-se daquilo que seria uma partida real de futebol, algo que se consegue verificar atualmente no ritmo de jogo semelhante ao seu antecessor; os dias de arcade como os do FIFA 19 parecem ser algo do passado.

Ainda assim, seguir um caminho idêntico ao que foi percorrido anteriormente não impede este simulador de ter a sua própria identidade. A maioria das adições implementadas a nível de jogabilidade foram bem recebidas, especialmente as bolas paradas.

Com um maior leque aberto, é divertido experimentar as diferentes possibilidades e combinações que agora existem com os cruzamentos e livres – um sistema mais intuitivo que confere alguma imprevisibilidade no que diz respeito à trajetória da bola.

Esta alteração era bem mais necessária a nível de cantos e foi um dos pontos que mais gostamos de ver retocado. No que diz respeito a diversão, o novo Power Shot foi outro dos focos da EA Sports para este ano e, até ver, é bem viável e uma aposta ganha.

Com recurso ao L1 + R1, um jogador pode fazer um remate manual que é bem mais potente do que os restantes e dá soluções de finalização a todas as distâncias com maior ênfase na média-longa, uma verdadeira sensação de satisfação quando é convertido.

Noutros pontos importantes, a equipa de developers agiu no feedback que recebeu previamente dos jogadores ao melhorar a qualidade dos passes e reduzir a eficácia da defesa AI, duas mudanças que ajudam o FIFA 23 a tornar-se mais apelativo num todo.

Ainda sem as clássicas atualizações efetuadas na jogabilidade via live updates, a EA vai necessitar de trabalhar em alguns aspetos a nível de equilíbrio tais como os cruzamentos que ganharam preponderância, no entanto a formula inicial é bastante satisfatória.

As novas animações e movimentações dos jogadores em campo (com diferentes estilos de corrida introduzidos) mantém o jogo fresco e tiram alguma importância ao pace, dando maior utilidade a jogadores como o Cristiano Ronaldo com os seus 81 de velocidade.

Neste momento, é possível dizer que, apesar do FIFA 23 partilhar a mesma base e conceitos da edição passada, o resultado final não é, de todo, uma cópia do anterior mas sim uma versão melhorada e polida do mesmo, seguindo no caminho do realismo.


ULTIMATE TEAM

 

Tal como sucedeu na jogabilidade, o popular modo do simulador futebolístico aproveitou a mesma base do antecessor para produzir esta versão e, pelo menos na data de lançamento, não se registam grandes alterações no que diz respeito ao núcleo do UT.

Depois da revolução levada a cabo no sistema Rivals e Champions no FIFA 22, os mesmos regressam com o mesmo molde e os modos Squad Battles e Draft permanecem practicamente inalterados, à excepção da remoção do Top 200 no primeiro mencionado.

As grandes novidades são a introdução do Crossplay, o modo Moments e o novo sistema de química que irá exigir uma maior adaptação aos jogadores, havendo também mais possibilidades abertas para co-op. Serão suficientes para agradar os jogadores?

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As melhorias efetuadas aos visuais do jogo e ambiente são bastante notáveis nesta edição. Imagem por: EA

Para os mais nostálgicos, o Moments é bastante semelhante aos desafios que existiam nos FIFAs da primeira década de 2000 e, para nós, são uma entrada com potencial na saga – tudo irá depender futuramente dos conteúdos e recompensas disponibilizadas.

A completação desses momentos permite aos jogadores ganharem estrelas, trocando as mesmas por artigos pré-selecionados como pacotes de cartas ou entradas Draft, por agora. No fundo, é uma forma divertida de realizar algum progresso no Ultimate Team.

Já revisto previamente antes do lançamento do jogo, o renovado sistema de química conta com alguns aspetos positivos mas não se sente que fosse algo absolutamente necessário para o futuro do modo: uma mudança que não é nada consensual na comunidade.

Com o tempo e habituação, poderemos olhar para ele de forma diferente já que “velhos hábitos nunca morrem” e esta alteração surge como algo radical para a maioria dos utilizadores, obrigando a adaptações naquilo que era a tradicional construção de equipa.

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O Ultimate Team conteve-se mais nas novidades introduzidas. Imagem por: EA

No que diz respeito ao co-op, uma das melhores adições do título passado, é bom ver que a mesma é para manter e está aberta a mais modos. Ainda sem Champions no menu, a possibilidade de jogar amigáveis em 2vs2 é algo que é bastante apreciado deste lado.

Pela 1ª vez, o simulador futebolístico da EA não está limitado a uma consola no matchmaking e, enquanto título, o FIFA torna-se muito melhor quando jogado na companhia de um amigo e este não será diferente, estando cada vez mais ligado entre plataformas.

O maior desafio da EA no Ultimate Team será a forma como retém os jogadores e muito se deve à jogabilidade e conteúdo – com uma experiência bastante idêntica de início no modo, será interessante ver qual o rumo que o mesmo irá assumir nos próximos meses.

O famoso título da Electronic Arts já se encontra disponível nas plataformas PlayStation 5, Xbox Series X/S, Google Stadia, PlayStation 4, Xbox One e PC (Steam/Origen) para utilizadores com edição Ultimate, sendo lançado oficialmente no dia 30 de setembro.

Jogo testado por: Hugo “kazac” Pereira.

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