Há uns meses estava eu descansado a beber a bica da noite e… oh que toca o telefone.. “Oh Teo então já conheces o teu presidente?” Na pura da ingenuidade respondi “O Professor Marcelo? Foi meu prof. mas as eleições já foram há algum tempo”… responde de lá… “Não não, o Presidente da Federação Portuguesa de Desportos eletrónicos”… Escusado será dizer que a bica saltou fora…
Há umas semanas estava eu descansado a beber a bica (sim eu bebo algum café) e no meio daquelas notificações de redes sociais aparece o dito presidente “Presidente” como responsável de uma agência de “esports” intitulando-se como a “primeira”, agência essa de publicidade ou consultoria ou o que quer que seja … Então o auto-entitulado “Presidente” de uma Federação (sabe-se lá qual) é também dono/colaborador (o que seja) de uma agência de eSports que extrai interesses diretos da dita “Federação”? Aconselho-o a ler com muita atenção o Decreto-Lei n.º 248-B/2008, alterado pelo Decreto-Lei n.º 93/2014…
Bom, deixemos de parte estas… não sei definir desculpem, e avancemos.
A história dos eSports portugueses conta com diversas iniciativas e esforços na criação de uma Federação, esforços… bom… nem tanto… mas continuemos. Dessas iniciativas esteve nos primórdios elementos como K1ck, UP entre outros, e posteriormente a isso cheguei a fazer parte de reuniões muito interessantes, o que é certo é que nunca se avançou para algo muito real.
Dessas reuniões surgiam umas ideias … muito ditatoriais, outras muito comunistas… bom chegou-se a alturas que já ninguém se entendia, e não entendeu, é pena. O que é certo é que a dita “Federação” (quando efetivamente existir, sim… ela não existe para já) deve é prosseguir os interesses dos “eSports” ou seja, dos desportos eletrónicos em Portugal e não os interesses de certos bolsos ou pretensões individuais.
Há umas semanas tive uma reunião interessante, e onde se falaram mesmo das mais valias e desvantagens de ter ou existir uma Federação, sim… porque em teoria forma-se a dita “associação/federação”, durante três anos trabalhasse de forma efetiva até alcançar a utilidade pública, o reconhecimento estatal entre um conjunto de formalidades legais que em “teoria” têm de ser cumpridos de forma à tal “federação” existir, tudo quanto seja fora disto é há boa e bela maneira “tuga” o… debaixo da mesa… mas fica para a semana esta parte e como foi a tal reunião e mais umas coisas interessantes…ou não.
Até para a semana.
Ramiro Teodósio é o CEO e fundador da For The Win eSports Club
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