Depois de uns tempos conturbados, em que a reputação da Riot Games como empregador foi colocada em xeque por diversas entidades, a empresa parece estar a aprender a ouvir a comunidade e apresenta agora um plano de actuação contra o sexismo dentro da companhia. A discussão surgiu mais recentemente após um artigo publicado no portal Kotaku ter recebido imenso destaque e ter sido tema de conversa e de discussões acesas nas redes sociais.
Esse artigo revela vários “podres” da organização no que toca a dar oportunidades com favorecimento a funcionários do sexo masculino quando existiam na empresa mulheres igualmente competentes e capazes para o cargo. O mesmo se passava, por exemplo, com sugestões de melhorias ao jogo: Se fosse uma mulher a fazer a sugestão, a probabilidade desta ser rejeitada era muito mais alta do que se fosse um homem a fazer. Houve, ainda, ocasiões em que a mesma sugestão foi recusada quando feita por uma mulher e, mais tarde, aceite quando sugerida por um homem.
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Com isto em mente, a Riot Games publicou um comunicado no seu site oficial que é, essencialmente, um plano de estratégia para evitar que estar situações se repitam. A carta começa com um parágrafo introdutório e de seguida dirige-se “aqueles que desapontamos”. Aos actuais funcionários da Riot Games, actuais e antigos, a empresa pede desculpa por não ser o lugar que prometeram e por terem demorado tanto tempo a escutar as queixas. A empresa reconhece que desapontou os seus fãs e que está empenhada em corrigir o problema.
Mais, a empresa compreende se potenciais candidatos à Riot Games esteja hesitantes em continuar com esse desejo e reconhecem estar numa fase de reconstrução onde precisam de candidatos mais do que nunca. Para terminar esta parte, a empresa dirige-se aos actuais e futuros parceiros onde, mais uma vez reconhecem os problemas na cultura interna da empresa e querem focar-se em resolver os problemas internos com a mesma dedicação que têm dado aos seus parceiros, prometendo actualizações nos desenvolvimentos da situação.
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A empresa apresenta também os primeiros passos para reconstruir a empresa.

  1. Expandir a cultura, diversidade, inclusão e iniciativa – A empresa tem uma equipa dedicada à liderança da evolução cultural da empresa para facilitar a integração dos novos funcionários e supervisionar o lado cultural da empresa reportando directamente ao CEO da Riot Games, Nicolo Laurent.
  2. Revisitar definições culturais – A Riot Games pretende “pôr tudo na mesa” e isto inclui reavaliar palavras como “gamer” ou “meritocracia” para garantir que o significado destas palavras é similarmente transversal a todos os seus funcionários.
  3. Avaliação por terceiros – O estado actual da empresa vai ser avaliado por duas consultoras em mudança cultural e serão uma fonte de experiência e recomendações para reconstruir a cultura da Riot.
  4. Processo de investigação – Com este passo, a dona do League of Legends pretende melhorar o processo de investigação interna através da criação de uma linha de apoio que pode ser utilizada para fazer denuncias e levantar questões de forma anónima. Mais, a empresa aumentou a equipa legal interna e contratou uma externa para avaliar as suas politicas e eventuais problemas.
  5. Reavaliar o recrutamento – Esta medida vai reflectir-se directamente nas intenções da Riot de dar iguais oportunidades a qualquer indivíduo independentemente da sua raça, cor, género ou credo.
  6. Formação – A formação interna vai ser fortemente reforçada. Todos os funcionários da Riot vão ter treino que anteriormente apenas era dado a gestores (de equipa/projecto) e isto inclui treino para entrevistas e anti-assédio. Além disso, a empresa vai, também, investir em formação imparcial, para que as entrevistas sejam avaliadas pelas capacidades da pessoa, igualando as oportunidades dadas a todos os candidatos independentemente de variáveis não-influenciadoras das ditas capacidades.
  7. Recrutar para Diversidade, Inclusão e Iniciativa – A Riot está focada em recrutar um nodo Director de Recursos Humanos e um Director de Diversidade que se juntarão ao CEO, Presidente e COO para formar a equipa de liderança executiva e adicionar experiência crucial à equipa de Diversidade, Inclusão e Iniciativa.

O comunicado termina com “Sempre acreditámos que a Riot deveria ser a casa para os melhores talentos no gaming .É claro que falhámos esse objectivo. Mas nunca recusámos um desafio e não planeamos fazê-lo agora.”
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