Boas pessoal, mais uma semana, com um pouco menos de calor e, felizmente, com menos incêndios. Tendo estado em Espanha, surgiram-me diversas dúvidas culinárias ou, deverei dizer, diversas dúvidas nas receitas utilizadas por Portugal e por Espanha, afinal quem acaba por cozinhar melhor? Com mais ou menos ingredientes? 
paella cozido
Sim, eu gosto em particular do filme “Nemo”, não obstante diversos obstáculos a perseverança levou a que o peixe-palhaço fosse encontrado. Agora, em Portugal teremos peixes-palhaços para serem encontrados? Ou demasiados peixes-palhaço? Ou será afinal um problema de cozido e os ingredientes utilizados? Será a receita da Paella melhor? Não sei… nem sei se no fim deste artigo haverá conclusão! Mas, continuemos.
Ora, em Portugal, por diversos eventos aos quais eu já assisti e nos quais as equipas da FTW participam, temos regulamentos que quase que ultrapassam o número de páginas de um Decreto-Lei corriqueiramente publicado em sede de Diário da República. Esta densificação normativa, apesar de cada vez ser mais densa, ainda traz diversas injustiças na aplicação de regras em determinadas situações pontuais.
Por outro lado, em Espanha, neste fim-de-semana a equipa de League Of Legends da FTW esports qualificou-se, em Granada, para a Dreamhack Valência, em que o regulamento mais parecia linhas de orientação do que outra coisa qualquer. O que é certo é que o evento decorreu em conformidade, sem qualquer sobressalto, nem problema.
Não vou estar a dizer o que é melhor neste aspecto, se Espanha ou Portugal, mas o que assisto recorrentemente no nosso país, é uma busca incessante por gralhas e falhas nas regras de forma a conseguirem alcançar qualquer tipo de vantagem, muitas das vezes sabe-se lá qual ela é.
Neste mesmo fim-de-semana, tivemos a GamerGy em Madrid, um evento com milhares de visitantes, com dois super palcos,  um de League Of Legends e outro de COD (Call OF Dutty). Em Portugal temos as “venues”? Sim, temos e até com bastante tecnologia. Do que vi é assim tão complicado fazer o mesmo em Portugal? Não me quer parecer. Está em tempo de, nesta medida, passar a utilizar a receita da Paella, que traz um maior espetáculo a quem paga bilhetes, pois que, quer queiramos quer não, não basta equipas competitivas, uma boa comunicação de evento e um chorudo prize pool, quando depois não assistimos ao “Premium” event. O 4Gamers foi, na minha opinião – e vale o que vale – até ao momento, um dos melhores evento em termos de palcos, principalmente pelo facto de terem dois. Porém, até ao momento nenhum bateu as finais da EUL do ano passado em termos de espetáculo visual.
Ora, recorrentemente se critica o que existe em Portugal. Eu sou um dos que critica, mas pelo menos tento trazer valor acrescentado à crítica, ou seja, não ser uma crítica destrutiva, mas sim construtiva, pois é através disso mesmo que há evolução. Aliás, reflexo disso mesmo é o ser humano. Ora que há 200 anos se andava de carroça, há 100 de carro, mas que de certo o “automóvel” de 1917 é bastante distinto do “automóvel” de 2017.
Quando assisto a crítica construtivas a um evento, organização ou até mesmo a equipas e jogadores, é algo que me apraz, pois que, é com esse tipo de crítica, identificação do erro, ou o apontar para melhorias que pode haver uma viragem de página. Doutra forma… continuaremos na mesma senda. Uns de um lado que erram e que o orgulho não permite enxergar a realidade, e do outro, meras críticas, que mesmo que construtivas, caiem em saco roto.
Talvez então a resposta neste ponto seja… Temos de ir buscar o melhor da Paella e o melhor do cozido à portuguesa, pois já provámos em Portugal que temos meios e conseguimos também fazer e ser melhores.
Até para a semana!
Caso tenhas algum tema que gostasses de ver o Teodosius abordar, podes enviar mail para teodosius@ftw.pt
ramiro teodósio teodosius
Ramiro Teodósio é o CEO e fundador da For The Win eSports Club
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