O ex-jogador dos K1ck esports Club, António “LeChase” Ramalho”, confirmou esta semana via Facebook, que vai jogar no clube turco, com nome quase impronunciável, Çilekler E-spor Kulübü.
A RTP Arena, aproveitou a oportunidade e disponibilidade do “Lechase” para uma pequena entrevista, e para saber a razão dele ter-se mudado para um clube turco.
 
– O que te levou a mudar para um clube da Turquia?
A falta de competitividade por cá e a diferença de dinheiro, também ajudou. O nível de skill é semelhante a onde eu estava mas, visto que o resto das condições eram melhores, decidi ir em frente com a proposta.
– Pediste algum conselho ao Xico ou a alguém com experiência lá?
Sim, eu não deixei de falar com o xico e aviso-o de algumas propostas em que tenha dúvida de alguma coisa, porque ele pode sempre perguntar a outras pessoas de lá que tenham mais informação que eu e, às vezes, ajuda a tomar uma decisão.
– Quais são os objectivos dos Çileker E-Spor Kulubu para este ano?
Os objetivos da equipa, como de qualquer equipa da challenger series da Turquia, é entrar na 1ª liga e mostrar que são um boa equipa e uma boa organização.
– Já aprendeste algum palavra turca que possa ser útil durante os jogos?
Ainda não xD. Já ouvi muito turco mas ainda não percebo nada.
– Como foi a tua (curta) experiência na LVP?
Não tenho noção do nível das equipas mas, pelo que vi também de scrims, o problema da LVP é o mesmo da 1ª liga de Espanha (Liga Orange), que é a infraestrutura e o facto das equipas serem muito inconsistentes, apesar de terem algum talento em termos de jogadores. Mas, parece minimamente competitivo e é engraçado jogar naquela liga, porque há muitas fights e torna os jogos mais fun de se jogarem.
– Como vês esta reformulação do plantel dos K1ck, que foi a equipa mais dominante nos últimos dois anos?
É um pouco uma mudança de planos, visto que a equipa tem outros objetivos e era obrigatório ter três espanhóis para poder entrar naquela liga. Acho que o nível da equipa está abaixo da nossa team antiga. Mas é normal, porque a nossa equipa até estava a um bom nível, considerando as competições de nível médio em que jogávamos.
Acho que são uma equipa com bons jogadores e têm hipóteses de passar para a 1ª liga, se trabalharem.
– Achas que com a saída de tantos jogadores, a scene portuguesa pode ser mais competitiva em 2017?
Se por scene portuguesa estamos a falar das ligas portuguesas, eu diria que não. Os jogadores da minha equipa antiga saíram todos e visto que éramos dos jogadores mais fortes, a liga vai perder qualidade de jogo, a não ser que tragam imports minimamente fortes. Mesmo assim, não acho que vá ter o mesmo nível. Se contarmos com os torneios que estão a ser anunciados que contam ter equipas estrangeiras, não sei bem o que esperar. É provável que essas competições sejam até bastante boas, porque eles têm intenções de trazer equipas fortes.
– Dos jogadores que ainda estão em Portugal, quem achas que são aqueles que estão mais perto de dar “o salto” lá para fora?
Eu diria que são os da Team Alientech. Dar “o salto” lá para fora depende mais de quanto tempo estás disposto a jogar. Acho que eles os cinco têm talento suficiente para ir lá para fora mas, se não for full time, creio que seja difícil para a maioria. Até para o Alternativex, que me parece estar um pouco acima do nível dos restantes membros.
– Achas que Portugal alguma vez estará preparado para a profissionalização das equipas?
Acho que eventualmente sim. Portugal sempre foi mais de seguir o que o resto do mundo faz e, a meu ver, visto que o resto do mundo está a evoluir rápido, Portugal também vai evoluir no futuro.
– Em 2017 já foram anunciados dois grandes eventos: Xploit e 4 Gamers. Achas que estamos no caminho certo para fazer crescer os esports em Portugal?
Em princípio sim, a não ser que haja algum escândalo ou uma falha gigante na organização dos eventos. É com estas iniciativas, que trazem equipas de fora, que se cria interesse para investimentos futuros.
Obrigado pela disponibilidade e boa sorte para a tua nova aventura. Kebbab?
 
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